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Pele de tilápia é usada para tratar vítimas de queimaduras

Hospital Souza Aguiar é o primeiro do estado a realizar o tratamento

Redação Jornal de Brasília

09/01/2020 20h50

Ainda em fase experimental, o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, é o primeiro no estado a realizar o tratamento que usa pele de tilápia para tratar pacientes com queimadura. O tratamento também é feito no Ceará. Segundo estudos médicos, a técnica é considerada simples, barata e menos dolorosa.

A técnica está em fase de avaliação pela Anvisa e passa por estudos nessa fase experimental. A pele da tilápia é rica em colágeno, resistente e elástica, o que contribui para a cicatrização em diferentes níveis.

A atadura feita com a pele do peixe tampa toda a ferida, como se fosse uma cola protegendo o local e pode permanecer na área queimada por vários dias. A vantagem é que o uso reduz a dor do paciente durante o tratamento e acelera a cicatrização.

Joyce Santos foi a primeira paciente a usar a pele de tilápia. Ela teve 15% do corpo queimado com água fervente no dia 16 de dezembro.

No momento, o curativo pode ser usado em pacientes com queimaduras de 2º grau em até 30% do corpo. De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura, a tilápia representa mais da metade da produção de peixes de cultivo e é a espécie mais consumida do Brasil.

Em nota, a Anvisa informou que os responsáveis pelo tratamento devem procurar o órgão para iniciar o processo de registro e regularização. O Ministério da Saúde explicou que o SUS conta com centros de referência na assistência a queimados. Em relação ao tratamento no SUS com o uso da pele de tilápia, o ministério informou ainda que não há procedimento disponível e que até o momento não recebeu nenhum pedido de incorporação do referido tratamento.

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