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Padre acusado de estupro chama coroinha de ‘bundão’ e ‘viadinho’

Jovem acusa o padre de estuprá-lo e dizer que Deus concordava com o que ele estava fazendo

Redação Jornal de Brasília

16/10/2019 10h59

Da redação
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Um print de uma conversa em uma rede social entre o estudante Lucas Grudzien, de 22 anos, e o padre que ele acusa de estuprá-lo, mostra o religioso o chamando de ‘bundão’ e ‘viado’. O jovem acusa o padre de abusar sexualmente dele por mais de um ano durante sua adolescência, quando ele frequentava a igreja. 

Lucas conta que o principal objetivo dele é alertar os jovens que passam ou passaram por isso por parte de autoridades, independente de usarem batina ou um terno. Segundo o ex-coroinha, o que move a divulgar o caso é alertar outras vítimas e encorajá-las, além de acreditar que a justiça seja feita. 

O caso 

Lucas acusa o padre de tê-lo estuprado quando ele tinha 15 anos. Ele afirma que a família é católica e sempre frequentou a igreja. Aos 12 anos começou o curso para ser coroinha, quando, segundo ele, o Padre Edson Felipe Monteiro passou a se aproximar mais. Em 2012, a convite do religioso, ele passou a trabalhar na área administrativa da instituição católica. 

O padre, de 35 anos, já trabalhou em diferentes paróquias e também já foi professor de teologia. O religioso foi denunciado pelo jovem em 2014 tanto ao Ministério Público (MP), quanto a igreja. 

Lucas afirma que ao completar 15 anos,o padre pediu para ele trabalhar até mais tarde. Neste dia, começaram os estupros, que se estenderam de agosto de 2012, até dezembro de 2013. 

Ainda segundo o estudante, o padre o orientava a apagar todas as conversas deles pelas redes sociais. Mas, uma das vezes, ele esqueceu e o pai acabou vendo e o questionando sobre o que estava havendo. Após ter coragem de relatar à família, eles registraram boletim de ocorrência e recorreram ao MP. 

O inquérito policial instaurado pelo MP foi arquivado, sem oferecimento de denúncia. O padre seguiu trabalhando na igreja até 2016. 

Em nota, a Diocese de Santos afirmou anteriormente que, sobre a denúncia contra o padre, ao saber do ocorrido, iniciou a investigação prévia em 2 de outubro de 2016 e decretou o afastamento cautelar do religioso.

A Diocese destaca que o inquérito policial instaurado pelo Ministério Público foi arquivado, sem oferecimento de denúncia. Afirma também que durante todo o tempo, desde a investigação prévia, o Bispo Diocesano esteve à disposição da família e de suas advogadas para esclarecer quaisquer eventuais dúvidas.

Atualmente, o padre realiza trabalhos técnicos, junto ao DEPIM (Departamento do Patrimônio Imobiliário da Diocese). Ele está afastado do exercício público do ministério sacerdotal e não exerce nenhuma atividade correspondente a este ministério. 

O caso ocorreu em Santos-SP

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