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Paciente registra queixa contra médico por abuso sexual durante consulta

O médico nega que cometeu o crime

Redação Jornal de Brasília

14/02/2023 8h40

Foto: Reprodução

Um homem de 20 anos registrou Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil contra um médico por abuso sexual durante consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jaraguá, em Maceió.

O caso aconteceu na noite de sábado (11) e a vítima prestou depoimento oficialmente nesta segunda-feira (13).

O médico foi identificado como Paulo Evandro Napoleão Lopes, de 37 anos. Por meio do advogado Victor Albuquerque, o médico nega que cometeu o crime.

“Inicialmente a defesa do acusado ressalta que confia no trabalho da polícia e que no transcorrer do inquérito tudo será esclarecido para sociedade alagoana, destaca-se ainda que existem diversos documentos probatórios que comprovam o contrário do alegado pela suposta vítima, inclusive gravações”, disse a defesa em nota.

O paciente relatou que buscou atendimento médico na UPA do Jaraguá por suspeita de herpes. Durante a consulta, o médico teria informado que precisaria realizar um exame de toque retal, contudo, o jovem contou que, em dado momento, o profissional o segurou com as duas mãos pelos quadris e o penetrou.

Ao perceber que não se tratava apenas do exame de toque, o paciente se virou e viu que o médico estava com o pênis para fora da calça. Questionado pelo paciente, o médico teria dito que se confundiu e achou que o jovem queria o ato. Assim que saiu da UPA, na madrugada de domingo (12), o jovem registrou queixa na Central de Flagrantes.

“Foi feito o depoimento, o registro de ocorrência e a vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito. Como não havia comprovação imediata da prática, o médico se apresentou com advogado e se comprometeu a prestar todos os esclarecimentos a posteriori”, explicou o chefe de serviço do 2º DP, Luciano Pereira, que recebeu o inquérito.


A partir de terça (13), a Polícia Civil vai intimar as testemunhas e o médico para poder dar andamento às investigações.

Em 2020, o médico foi denunciado por um adolescente de 16 anos, que disse que foi abusado sexualmente pelo profissional durante uma consulta na cidade de Campo Alegre.

A defesa do médico alega que a acusação é falsa.

“Em referência a acusação ocorrida em Campo Alegre no ano de 2020, essa já se mostrou falsa, tanto é que a denúncia não reuniu condições mínimas para que fosse aberta a ação penal contra o acusado”, disse o advogado Victor Albuquerque.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Fernando Pedrosa, disse que vai investigar a conduta do médico e, se as denúncias forem comprovadas, o profissional pode ser cassado.

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