A Polícia Federal revelou detalhes de um esquema criminoso envolvendo a venda de diplomas falsos de faculdades de medicina, com valores que variavam de R$ 45 mil a R$ 400 mil.
De acordo com o delegado da PF Francisco Guarani, a investigação identificou a existência de uma estrutura empresarial por trás da comercialização dos diplomas falsos e dos históricos escolares adulterados. A quadrilha utilizava papéis de qualidade e conseguia reproduzir com precisão os logotipos de diversas universidades brasileiras.
A maioria dos registros fraudulentos era relacionada à Uneb (Universidade do Estado da Bahia), embora a instituição tenha esclarecido que os documentos recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados por ela e são considerados ilegítimos.
Durante os depoimentos, a enfermeira Cássia Santos de Lima Menezes admitiu ter utilizado os documentos falsos, chegando a realizar plantões e gastando um total de R$ 400 mil na aquisição dos mesmos.
A investigação revelou que os suspeitos, ao obterem os diplomas falsos, se passavam por médicos formados e conseguiam empregos, principalmente em prefeituras. Além disso, os criminosos criaram um e-mail falso para enviar os diplomas fraudulentos quando solicitados pelos conselhos regionais de medicina.
O caso está em andamento e os envolvidos poderão responder por crimes como falsificação de documentos, exercício ilegal da medicina e associação criminosa, entre outros.