No último domingo, 18, o padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso após ser o suspeito de filmar e produzir cenas de sexo explícito com adolescente, além de exploração sexual, ameaça e aborto. A prisão aconteceu durante uma operação de combate à pedofilia deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari.
As investigações tiveram início em setembro de 2023, após denúncias anônimas que foram recebidas pelo Disque 100, dos Direitos Humanos. Na ocasião, a denúncia informava que a adolescente de 17 anos era vítima de estupro, gravação de vídeos sexuais, aborto, ameaça e violência doméstica.
“Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão, sendo apreendidos diversos materiais que serão analisados. A Igreja Católica colaborou com as investigações. A polícia solicita que outras possíveis vítimas procurem a delegacia para registrar suas denúncias”, disse o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, em coletiva de imprensa.
Segundo o delegado do caso, em depoimento na delegacia, a vítima relatou que mantinha relações sexuais com o padre desde os 14 anos e que chegou a engravidar do religioso, que a obrigou abortar.
“Nesse contexto, entra a participação de Francisco Rayner Barros Batista, de 34 anos, que está foragido. Ele é amigo do infrator e foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento chamado Misoprostol, que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa de Francisco Rayner e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima”, disse o delegado.
Padre preso
Quando foram cumprir a prisão na paróquia, os investigadores encontraram o padre na cama com uma jovem que tinha recém completado 18 anos. Sendo assim, existe a suspeita de que as relações com essa outra mulher também aconteciam antes da maioridade.
“Foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie no quarto dele, além de mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas. Todo o material vai ser analisado pela perícia, juntamente com o notebook dele”, disse o delegado.
A autoridade policial informou que investigações continuarão, já que outras pessoas podem estar envolvidas na atuação do padre. Além disso, tesemunhas afirmaram que o padre aliciava outras pessoas, como amigas das vítimas.