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Mulheres buscam por ‘inseminação caseira’ para engravidar

Especialistas alertam para o risco de doenças bacterianas e para a necessidade de um contrato celebrado entre as partes

Redação Jornal de Brasília

18/01/2021 7h39

Devido ao alto custo da inseminação artificial clínica, muitas mulheres estão optando pelo método da inseminação caseira. Especialistas da área da saúde alertam que o método possuiu riscos e não é recomendado.

Os custo da inseminação artificial e da inseminação in vitro variam entre R$ 5 mil a R$ 20 mil. A autônoma Juliana Silva, de 36 anos, moradora de Praia Grande-SP, relatou, em entrevista ao Portal G1, que recorreu ao procedimento caseiro para engravidar.

“Estou grávida de seis meses e a minha filha é fruto desse método. Ela nem nasceu e já é o amor da minha vida”, disse ela.

Para realizar o procedimento, o doador deposita o sêmen em um pote esterilizado e, posteriormente, a mulher recolher o conteúdo com o auxílio de uma seringa e o injeta no próprio corpo.

A médica Simone Tiemi Matsumura, especialista em reprodução assistida, falou sobre os riscos do método caseiro.

“Pegar um doador anônimo é extremamente perigoso. A mulher não tem como saber se ele falsificou os exames, fora as doenças e bactérias que podem ser pegas no momento da inseminação”, alerta.

Ela contou ainda que nenhum médico recomenda a realização do método caseiro, apesar dele existir há muito tempo.

No âmbito jurídico, o doador tem direito a permanecer anônimo, segundo a resoluções nº 1.358/92 e nº 1.957/2010, do Conselho Federal de Medicina.

Apesar da legislação fazer menção à inseminação artificial in vitro, os procedimentos jurídicos podem ser realizado no método caseiro. Para que o doador posteriormente não busque a guarda legal da criança, é necessário que ambas as partes celebrem um contrato.

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