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Mulher é chamada de ‘morta de fome’ e ameaçada ao reclamar de propaganda enganosa

Uma enfermeira, de 35 anos, afirmou ter sido ameaçada pelos donos de uma hamburgueria em São Vicente, no litoral de São Paulo

Redação Jornal de Brasília

11/07/2022 7h54

Foto: Reprodução/Redes Sociais e Arquivo Pessoal

Uma enfermeira, de 35 anos, afirmou ter sido ameaçada pelos donos de uma hamburgueria em São Vicente, no litoral de São Paulo. A mulher, que preferiu não se identificar, disse que o problema começou após ela reclamar que recebeu uma garrafinha de refrigerante de 200 ml em vez da lata de 350 ml, como constava na foto do cardápio.

Ela relatou que pediu um combo de x-burguer, onion rings, batata frita e refrigerante. Na descrição do pedido não constava o volume da bebida, mas, a imagem utilizada, era da lata de 350 ml.

A cliente contou ter pagado R$ 9,98 no lanche de R$18,99, pois usou um cupom na compra por aplicativo.

Ao receber o pedido, a enfermeira se sentiu enganada e entrou em contato com a plataforma de delivery para relatar o ocorrido.

A plataforma optou por cancelar todo o pedido e estornar o valor pago. Poucos minutos depois, e sem perceber o ocorrido, ela foi surpreendida com a visita de dois funcionários do estabelecimento.

Ela afirma não ter visto o cancelamento, até tocarem a campainha. Como acreditou que estavam vindo trazer o refrigerante certo, pediu ao marido para descer. Ele então foi surpreendido com uma abordagem de intimidação, falando que haviam cancelado por maldade.

Ela conta que um dos homens questionou se eles não sabiam ler, pois no cardápio estaria a informação de que a imagem era ilustrativa. Nesse momento, o marido dela teria mostrado um print da tela.

Ameaças em redes sociais

Após ter sido chamada de ‘golpista’ e ‘morta de fome’ em frente de casa, a enfermeira pegou o celular e viu que a plataforma de delivery havia estornado o valor da compra. Ela também percebeu que uma rede social do restaurante havia encaminhado uma mensagem pelo Instagram.

Após ver a mensagem, a enfermeira encontrou uma rede social da responsável pelo estabelecimento.

“Sim, são meus sócios e foram com razão. Estou sabendo de cada detalhe. Foi gravado”, respondeu à proprietária da hamburgueria em uma das mensagens enviadas para a cliente.

Em seguida, a enfermeira questionou se ela realmente julgou que os homens estavam com razão. “Sim, com razão. Foram saber o que aconteceu, já que não podemos chamar no chat. Não tivemos nem essa oportunidade”, respondeu à mulher.

Em outra mensagem, a dona do estabelecimento afirmou que sabendo do endereço da cliente iria com uma viatura [da polícia] até o local. “Eu não preciso te ameaçar com nada. Quem deve não sou eu”.

Após receber as ameaças, a enfermeira reportou o ocorrido à plataforma de delivery, que mantém ativa a conta da lanchonete.

Ela ressaltou que recebeu o pedido errado e a intenção não foi o cancelamento.

O caso foi registrado como injúria na Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 2º DP de São Vicente, responsável pela área onde os fatos ocorreram.

O que diz o estabelecimento

Em nota, a proprietária da The Lounge Burguer disse que houve um mal-entendido. “Como o pedido dela foi cancelado dizendo que foi incompleto/errado, e a plataforma não nos dá suporte para entrar em contato com o cliente depois do pedido ser finalizado, meus sócios foram pessoalmente saber o que houve com o pedido para saber se faltou algo e resolver, pois deu [apareceu] para a gente como ‘incompleto’ [o motivo do cancelamento].”

Ela ressaltou que os sócios não foram “cobrar o valor retido”. “Somos um comércio novo e sério. Não deixamos clientes insatisfeitos, porém se sentiram ameaçados”.

Segundo a empresária, diante do grande número de golpes que os comerciantes levam nas plataformas, não teria como descartar que “poderia ser um possível golpe”. Ela afirma, no entanto, que não acusou a cliente e entendeu o motivo, ainda que sem concordar.

“Após meus sócios saírem da casa da cliente, eu e ela entramos em discussão no privado das redes sociais. Não aceitei que ela pagasse via PIX, pois não fomos cobrar ela, e sim saber do ocorrido e resolver da melhor maneira”, disse a proprietária da hamburgueria.

Ainda de acordo com a proprietária do estabelecimento, o foco é deixar os clientes satisfeitos, porém um mal entendido gerou “toda essa exposição desnecessária”.

“Ela continua nos difamando nas redes sociais, xingando a gente de bandidos, maloqueiros, entre outros [termos] piores. Estou sendo ameaçada por comentários, por pessoas que não sabem os dois lados da história. Ela disse que ia parar de postar, mas continua postando meus dados pessoais”, disse a empresária.

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