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Mulher é agredida em loja após ser acusada injustamente de furto

Em vídeo, feito pelo filho da dona da loja, eles questionam Maria sobre uma flor que suspostamente estaria em sua sacola

Redação Jornal de Brasília

06/07/2021 7h41

Foto: Reprodução

A dona de casa Maria do Socorro da Silva, de 54 anos, foi agredida em uma loja em São Vicente, no litoral paulista, após ser injustamente acusada de furto. A agressão, segundo Maria, foi feita pela própria dona do estabelecimento e o filho dela. A vítima registrou boletim de ocorrência por calúnia e lesão corporal.

Em vídeo, feito pelo filho da dona da loja, eles questionam Maria sobre uma flor que suspostamente estaria em sua sacola. A dona de casa aparece visivelmente abalada. O caso ocorreu no último sábado (3).

Em conversa com o G1, Maria conta que foi a loja para comprar flores e vasos para um evento da igreja que ela frequenta, quando o filho da proprietária desconfiou que ela estava furtando produtos da loja e chamou a mãe. “Eu estava com uma sacola na mão, que continha fralda e um macacãozinho dentro. Quando estava vendo as flores, a mulher [dona do local] pegou a sacola da minha mão, puxou e rasgou, e arrancou a flor que eu segurava, começou a me espancar, eu até caí no chão”, afirma.

Mesmo após a agressão, a comerciante ainda passou a flor no rosto de Maria, falando que ela teria que assumir o furto e que chamaria a polícia. “O filho da dona filmou ela esfregando a flor na minha cara, dizendo que eu tinha que falar que furtei, e eu explicando que estava escolhendo uma flor. Ela falou que eu tinha roubado lá, e também as coisas que estavam na minha sacola, sendo que eram coisas que eu tinha comprado em outro lugar”, diz.

A Polícia Militar foi acionada e, assim que os policiais chegaram, pediram que Maria entrasse na viatura, mas, por estar machucada e suja, se recusou a entrar. “Eu falei que não era ladra.” A dona de casa passou mal na rua da loja, enquanto os PMs conversavam com a proprietária.

Amigos, que reconheceram Maria, a socorreram e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A dona de casa ainda conta que a dona da loja publicou o vídeo gravado pelo filho nas redes sociais, expondo seu rosto. “Eu apanhei muito. Me bateram com um pau, chutes, tapa na cara, murro. Meu rosto estava inchado, puxaram meu cabelo. Tudo isso por uma acusação. Nunca imaginei que passaria por isso na minha vida. Eu moro na região há cerca de 30 anos, todo mundo me conhece. Ainda sinto muita dor nas costas, no rosto, braços”.

“Eu não queria ter passado por tudo isso, foi muita humilhação, triste e vergonhoso. Pensei que sairia morta dali. Agora, espero que a verdade seja exposta, e que tenha justiça. Ainda bem que muitas pessoas conhecem meu caráter”, finaliza a dona de casa.

A loja não quis se manifestar sobre o ocorrido.

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