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Mulher diz que foi agredida por chefe depois de ‘pedir dispensa’ em SP

A mulher, que prefere não ter a identidade revelada, relatou que ficou com hematomas depois de ser agredida, e que chegou a desmaiar

Redação Jornal de Brasília

22/02/2022 8h07

Foto: Arquivo pessoal

Em Guarujá, no litoral de São Paulo, uma funcionária pública que trabalha no Instituto da Mulher denunciou sua superiora por lesão corporal. A mulher, que prefere não ter a identidade revelada, relatou que ficou com hematomas depois de ser agredida, e que chegou a desmaiar. A chefe nega as acusações.

Em seu depoimento à Polícia Civil, a vítima afirmou que no último dia 11, em seu expediente, informou à sua chefe que não estava se sentindo bem, e que iria embora do trabalho. Em seguida, a chefe “apontou o dedo na sua cara e a mandou calar a boca”, diz o texto do boletim de ocorrência que foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá. A denunciante conta, ainda, que a supervisora a agarrou com força pelo braço para impedi-la de sair, deixando-a com hematomas na região.

Depois do ocorrido, ela ficou “atordoada e confusa, por conta do assédio e de ter desmaiado”. No depoimento ainda consta que a mulher precisou ir a um hospital, onde passou por três eletrocardiogramas. Para o g1, uma testemunha confirmou que a denunciante foi empurrada, caiu no chão, bateu em uma cadeira e caiu em cima de uma mulher grávida que estava na unidade.

Em um laudo médico do hospital que foi atendida, consta que ela não possui “condições de voltar às atividades laborais, devido ao forte estresse que passou”. No documento obtido pelo g1 diz que a denunciante chegou à consulta em “crise de pânico”.

A mulher também esteve no Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito.

O Instituto da Mulher – Casa Rosa, local onde o caso ocorreu, é um equipamento voltado à saúde da mulher. A unidade, que foi inaugurada em 2018, possui atendimento em diversas especialidades médicas para pacientes encaminhadas das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Guarujá.

A Prefeitura da cidade disse, em nota, ter tido conhecimento do assunto oficialmente nesta segunda-feira, 21, e se compromissou a abrir um processo administrativo para investigação interna pela Secretaria Municipal de Saúde, “para apurar os fatos, ouvir as partes envolvidas e testemunhas sobre o caso”.

A partir das apurações, a prefeitura disse que poderão ser definidas medidas legais cabíveis no âmbito administrativo.

A acusada registrou um boletim de ocorrência contra a funcionária. Em depoimento, ela afirmou que a denunciante teria se atrasado para abrir a unidade no horário, causando atraso nos atendimentos. Ao ser questionada, “ela não gostou de ser chamada a atenção”, e ameaçou ir embora.

No boletim, registrado no 2º Distrito Policial de Guarujá, a chefe afirma que a funcionária começou a chorar, e que ao tentar abraçá-la, a mulher “deslizou, parecendo um desmaio, sentou e deitou no chão”. De acordo com a chefe, a mulher deixou a unidade buscada pelo marido, que entrou no instituto e procurou pela superiora da esposa. Ele teria solicitado que ela fosse até a parte externa do local, mas a chefe recusou.

“Venho tardiamente abrir este boletim de ocorrência, para preservação de direito, pois estou sabendo, por diversas pessoas, que a funcionária citada está enviando mensagens denegrindo a minha imagem e caluniando a meu respeito. Penso que o ocorrido poderia ser resolvido pontualmente na unidade”, finaliza o texto.

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