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Médico é suspeito de agredir criança durante atendimento

Mãe e tia da criança o levaram até uma UPA para tratar um corte profundo que o menino havia sofrido

Redação Jornal de Brasília

25/01/2021 9h41

Foto: Divulgação

Um médico é suspeito de ter agredido uma criança de 8 anos durante um atendimento, no último sábado (23). O garoto sofreu um corte profundo na coxa após cair de bicicleta e foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ocorreu o caso. A direção da unidade nega a agressão.

A dona de casa Beatriz da Costa Santos, de 27 anos, mãe do menino, contou ao Portal G1 que o filho quase foi atropelado por um carro e acabou caindo da bicicleta, ao tentar desviar do veículo. A mãe e a tia da criança o levaram até a UPA, em Praia Grande-SP, para tratar um corte profundo que o menino havia sofrido.

Alexandra Anjo Alves Vicente, de 28 anos, acompanhou o sobrinho durante o atendimento, já que a mãe dele estava muito nervosa com a situação do filho. Após esperar cerca de uma hora, o menino foi chamado para receber o atendimento.

Por causa da dor, o garoto entrou na sala chorando. Alexandra contou que o médico estava nervoso e entrou no consultório gritando, antes mesmo de iniciar o atendimento. Na sequência, o profissional teria dado um tapa no rosto da criança, próximo ao olho. Ainda segundo Alexandra, o médico ainda ameaçou amarrar a  criança a uma maca, para que o procedimento pudesse ser realizado.

Nesse momento, uma enfermeira interviu, para que o médico cessasse as agressões. No entanto, o médico continuou agitado e gritando. Posteriormente, após ser informada do ocorrido, a mãe decidiu acionar a Polícia Militar.

Antes da chegada da PM, o médico deu cinco pontos na perna da criança, na presença da enfermeira, que acompanhou todo o processo. O menino também realizou outros exames necessários para identificar se existiam outras sequelas.

Beatriz contou que a enfermeira confirmou o ocorrido à polícia e um boletim de ocorrência foi registrado. A Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Saúde Pública, solicitou o afastamento do profissional até o fim da apuração dos fatos.

Nota da prefeitura

“A Prefeitura de Praia Grande informa, através da Secretaria de Saúde Pública [Sesap], que tomou conhecimento do fato e notificou a SPDM [gestora da unidade] para iniciar a apuração do caso. A administração está à disposição da família e esclarece que não foi falta de médico ou assistência de saúde, trata-se de um caso de conduta profissional, e a Sesap solicitou à SPDM que o médico envolvido fosse afastado imediatamente até a apuração total dos fatos.

A fim de evitar problemas de atendimento e garantir a qualidade dos serviços de saúde prestados, a Sesap está intensificando a fiscalizações nas unidades de pronto atendimento da cidade e disponibiliza profissionais nas unidades a fim de inspecionar e monitorar o atendimento. Praia Grande conta com três unidades de pronto atendimento: a Porta de Entrada do Hospital Irmã Dulce, o PS Quietude e a UPA Samambaia, que recebem constantes investimentos e prezam pela qualidade do atendimento aos munícipes”.

A direção da UPA Samambaia, no entanto, afirma, também em nota, que as informações relatadas pela mãe do menino não procedem. Confira o posicionamento da unidade:

“O paciente em questão deu entrada na UPA na noite de sábado [23], com ferimentos leves. Tanto a criança quanto seus acompanhantes encontravam-se muito exaltados, sendo que foi necessária a intervenção cordial da equipe da unidade para que o atendimento fosse realizado de forma apropriada. Assim, o paciente recebeu toda a assistência necessária ao seu caso disponível na unidade, com recomendação de permanência no local para observação. A familiar responsável, porém, retirou o paciente da UPA, por volta das 20h30, contrariando as recomendações médicas.

A direção da unidade segue à disposição dos familiares, e também das autoridades, para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários”.

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