Bernardo, o bebê de Valéria Prada ainda não nasceu, mas corre risco de morte cada vez maior enquanto espera pelo procedimento que, de acordo com a Justiça, deve ser providenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O filho da auxiliar administrativo Valéria Prada foi diagnosticado com má formação na parede do abdômen. A cirurgia, que pode salvar a vida do bebê, custa mais de R$ 1 milhão e não é realizada pelo SUS nem feita onde a família mora, no Tocantins.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que Valéria vai ser atendida pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e está com consulta agendada para a próxima segunda-feira (10) em São Paulo.
A cirurgia para salvar a vida do Bernardo pode ser feita antes mesmo de ele vir ao mundo e é por esse procedimento que a mãe briga na justiça.
“Eu sinto às vezes inválida, porque a gente não tem a condição que ele precisa. Se eu tivesse a condição de falar que a gente tem, que vai arcar com tudo isso sem precisar de ajuda de ninguém, se eu tivesse isso, a gente já tinha largado tudo”, comenta Valéria.
Diante da urgência da cirurgia, Valéria procurou ajuda na Defensoria Pública, que moveu uma ação e conseguiu na Justiça que ela e o bebê fossem atendidos pelo SUS. O juiz autorizou que o procedimento administrativo fosse realizado de maneira menos burocrática e mais rápida pela SES.
A decisão é do dia 28 de junho e determinava que a cirurgia fosse feita de maneira imediata até a 26ª semana da gravidez. Valéria chegou na 27ª semana e o procedimento ainda não foi feito.