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Mãe denuncia que coordenadora de escola fez a filha de 11 anos comer um ovo cru

A Polícia Civil informou que a conduta da coordenadora configura crime de maus-tratos e, por isso, ela será intimada para prestar depoimento

Redação Jornal de Brasília

04/10/2022 9h04

Foto: Reprodução

Uma mãe denunciou à Polícia Civil que a coordenadora fez a filha dela, de 11 anos, comer um ovo cru dentro do Colégio Estadual Plínio Jaime, em Anápolis, a 55km de Goiânia.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou em nota, nesta segunda-feira (3), que não pactua com esse tipo de violência e aguarda a manifestação da equipe gestora da escola e a apuração dos fatos para a adoção das providências administrativas e legais cabíveis em relação aos profissionais envolvidos.

O caso aconteceu no bairro Recanto do Sol, na última quarta-feira (28). A menina levou o ovo para a sala de aula para brincar com amigas, para simular um bebê imaginário. Foi aí que um colega viu e chamou a professora.

“Eu tentei explicar o que eu ia fazer, só que a professora não me ouviu. A coordenadora foi lá e falou assim: “Já que você trouxe um ovo é porque você está com fome, então o meu assistente vai pegar um copo e você vai beber ele todinho”. Eu parti o ovo e bebi”, contou a aluna.

A menina conta que foi ameaça a assinar uma advertência se não bebesse o ovo cru. Depois disso, ela voltou para a sala de aula e diz que se sentiu mal.

“Eu fiquei com dor de barriga, com gosto de ovo na boca. Cheguei na sala chorando, tremendo. Aí a professora começou a rir e falou: “Aí é mentira”, desabafou a estudante.
A mãe da menina, Ana Lúcia Santos, foi até a Secretaria de Educação, registrou reclamação e pediu providências.

“Eu quero justiça. Achei que foi um abuso com a milha filha. Tinha quatro pessoas na sala da coordenação e ninguém falou nada. Ela se sentiu humilhada, está traumatizada, constrangida”, disparou a mãe.

Nota da Seduc

Em atenção à solicitação de informações sobre o ocorrido no Colégio Estadual Plínio Jaime, do município de Anápolis, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) responde e esclarece.

A Superintendência de Segurança Escolar da Seduc e a Coordenação Regional de Educação de Anápolis tomaram ciência dos fatos e acompanham o desenvolvimento das investigações sobre o ocorrido.

A Seduc aguarda a manifestação da equipe gestora da escola e a apuração dos fatos para a adoção das providências administrativas e legais cabíveis em relação aos profissionais envolvidos.

Ressaltamos ainda que a Secretaria não pactua com esse tipo de violência, estando comprometida com a promoção da cultura da paz nas escolas da rede estadual.

Nota da DPCA de Anápolis

A DPCA-Anápolis instaurou investigação policial a partir do RAI registrado pela genitora de uma aluna da rede pública estadual que noticiou que a criança teria sido obrigada pela coordenadora da escola a engolir um ovo cru, sob alegação de que seria uma medida de disciplina.

A coordenadora teria suspeitado de que a aluna levou o ovo para jogar em alguém e então a fez engoli-lo cru. Conforme a criança, sua intenção ao levar o ovo para a escola era de participar de uma brincadeira com as colegas, em que o ovo fosse um filho imaginário dela.

A coordenadora da escola será intimada e ouvida nos próximos dias. Sua conduta, em tese, configura, inicialmente, o crime de maus tratos, previsto no artigo 136, parágrafo 3. do CPB.

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