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Lixo é encontrado em caixão de homem que teve atendimento médico negado

Ele sofreu três paradas cardíacas depois de aguardar por mais de três horas dentro de uma ambulância, sem conseguir atendimento hospitalar

Camila Bairros

12/01/2023 13h02

Foto: Reprodução

Vitor Augusto Marcos de Oliveira, de 25 anos, morreu na quinta-feira passada (5) após ter atendimento negado por seis hospitais de São Paulo, que não tinham equipamento próprio para atendimento à pessoas obesas. Ele sofreu três paradas cardíacas depois de aguardar por mais de três horas dentro de uma ambulância, sem conseguir atendimento hospitalar.

A tristeza e revolta da mãe, Andreia da Silva, já eram enormes, mas ficaram ainda maiores na hora em que a família foi se despedir de Vitor. Pouco antes do enterro, ela descobriu que o caixão do filho havia sido preenchido com pó de serra aparente, caixotes de madeira e folhas de jornal para que o corpo do jovem ficasse nivelado dentro da estrutura, que foi muito maior do que o necessário. “Tamanho exorbitante, grotesco, feio, horroroso”, disse a mãe.

A funerária Trianon disse ao g1 que era responsável apenas pelo transporte de Vitor, e que o corpo e a urna funerária para o velório seriam de responsabilidade da Cooperaf, cooperativa de tanatopraxia.

A Cooperaf afirmou que o nivelamento do corpo com papéis e a utilizaçaõ de pó de serra são práticas habituais na área, e não quis comentar sobre a presença dos caixotes de madeira.

Representante da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (ABREDIF) disse que os protocolos adotados estão “absolutamente fora dos padrões estabelecidos” e que “responsabilidades precisam ser apuradas”.

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