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Jovem sai da periferia e vira treinador do exército do Catar; “eles só contratam os melhores”

Morador da periferia de Cubatão-SP, o atleta perdeu os pais muito cedo e percorreu um longo trajeto até se consolidar no Jiu-Jitsu

Redação Jornal de Brasília

26/05/2020 7h43

Frank Dumont, de 32 anos, faz parte do ‘Qatar Armed Force’, exército do Catar, onde ensina Jiu Jitsu e defesa pessoal para os oficiais e novos alunos da National Service Academy. Para chegar onde está, o atleta, de origem humilde, precisou enfrentar diversos desafios. Morador da periferia de Cubatão-SP, ele perdeu os pais muito cedo e percorreu um longo trajeto até se consolidar no Jiu-Jitsu.

Frank conta que nasceu e passou a infância no bairro Vila Nova, até que seus país morreram. O pai morreu baleado e a mãe foi vítima do vício em drogas. Na adolescência ele se mudou para o Jardim Casqueiro, onde passou a morar com seus tios.

Ele ingressou nos esportes através do atletismo, quando fez parte da seleção da cidade e conquistou vários títulos para o time. O atleta chegou a receber muitos patrocínios e com o dinheiro conseguiu comprar uma moto. No entanto, devido a um acidente que sofreu, enquanto conduzia o veículo, Frank perdeu o dedão do pé e teve que parar de competir.

Após ficar impedido de participar das competições, o atleta ficou com o psicológico abalado, porque achou que não poderia mais competir. O Jiu-Jitsu foi a segunda chance que Frank recebeu através dos esporte. 

“Comecei no Jiu Jitsu em 2009 e de lá para cá não parei mais. Realmente o caminho até aqui não foi fácil. Sem o luxo de um bom patrocínio, ou o apoio da cidade, se manter no esporte de alto nível não é brincadeira. No meu caso sempre tive que trabalhar em alguns empregos para ter condições de competir. Trabalhar, treinar e estudar sempre foi meu maior desafio e, graças a Deus, todo o sacrifício tem valido muito a pena”, relatou ao Portal G1.

Com o Jiu-Jitsu, Frank conquistou várias vitórias, incluindo duas vezes Campeão Mundial e uma vez Abu Dhabi Pró (campeonato profissional mundial).

Como integrante do ‘Qatar Armed Force’, exército do país, Frank conta que treina todo dia com a equipe, para representar o exército em competições que surgirem. O processo seletivo que Frank enfrentou para entrar no grupo foi árduo e durou um ano. 

“Eles só contratam os melhores. No teste prático, os oficiais do exército também participam da seletiva e encaminham para próxima fase. Para ser contratado, você precisa ser um atleta faixa preta , de expressão no esporte e com bons resultados, além de ter nível fluente em inglês. Esses são os requisitos básicos”, explicou o atleta.

Foto: Reprodução/Facebook

Frank aconselha os jovens que tenham um sonho como o dele a não desistirem e traçar metas. O atleta salienta que é muito importante não deixar de acreditar no próprio potencial. 

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