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Jovem é encontrado morto após ser visto sendo colocado em viatura da PM

A Polícia Militar afirmou que determinou o afastamento dos policiais militares de suas funções e a abertura de um inquérito interno para apurar a conduta dos agentes

Redação Jornal de Brasília

15/08/2022 8h15

Foto: Reprodução

O jovem Henrique Alves Nogueira, de 28 anos, foi encontrado morto horas depois após ser filmado sendo colocado em uma viatura da Polícia Militar, em Goiânia.

Já o advogado que representa a família, Alan Araújo Dias, que também é vice-presidente de prerrogativas da Seção Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirma se tratar de um caso de execução e que o laudo da morte de Henrique constava sinais de tortura, além dos tiros.

O jovem deixa uma esposa e um filho de 4 anos. O caso aconteceu na quinta-feira (11). Segundo o delegado responsável pelo caso, André Veloso, o homem foi colocado na viatura por volta de oito horas da manhã e a delegacia de Homicídios foi acionada às dez da noite do mesmo dia pela mesma viatura para uma ocorrência de um suposto confronto com a Polícia Militar.

“A versão deles [policiais] é que eles estavam andando ocasionalmente, se depararam com uma moto, pediram para parar, o motociclista fugiu e o carona confrontou a equipe, mas tivemos acesso a imagens que comprovam que, ao invés desse confronto, ele foi abordado e colocado no interior da viatura”, disse o delegado.

Abordagem policial

Segundo a polícia, a abordagem pela manhã aconteceu no Setor Jardim Europa e o suposto confronto, onde o homem foi encontrado morto, foi no Jardim Real Conquista, em uma estrada de terra.

Agora a polícia apura o que aconteceu entre o momento em que ele foi colocado na viatura e o momento em que foi encontrado morto. Durante a ocorrência policial, o delegado explica que os agentes afirmaram que Henrique estava com uma mochila nas costas em que foi encontrada uma grande quantidade de drogas.

O advogado que representa a família, Alan Araújo Dias, afirmou que no momento da primeira abordagem, Henrique havia acabado de deixar o carro em uma oficina. Segundo o delegado, os familiares passaram o dia tentando entrar em contato com a vítima e a noite registraram uma ocorrência de desaparecimento.

A polícia diz que Henrique tinha passagens pela polícia por tráfico e roubo e, de acordo com o advogado, atualmente trabalhava como autônomo de serviços gerais.

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