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Jovem de 23 anos é preso por vender filha recém-nascida na Bolívia

Um jovem de 23 anos está sob custódia na Bolívia acusado do crime de tráfico de pessoas após vender sua filha de um mês e meio por US$ 287

Redação Jornal de Brasília

13/07/2022 7h39

Um jovem de 23 anos está sob custódia na Bolívia acusado do crime de tráfico de pessoas após vender sua filha de quase um mês e meio por US$ 287, aproximadamente R$ 1.560, por uma publicação na internet.

O acusado é Faustino C.M. que, antes de consumar a entrega, “teria postado [o anúncio] nas redes sociais oferecendo a criança”, inicialmente por US$ 690, cerca de R$ 3.750, segundo disse o diretor da Força Especial de Combate ao Crime da cidade de Santa Cruz, Júlio César Cossio.

O oficial afirmou ainda que o homem havia manifestado repúdio pela criança desde o momento em que soube que a companheira, uma jovem de 17 anos, estava grávida. Ele teria tentado, inclusive, forçá-la a fazer um aborto.

Após o nascimento da bebê, o sujeito novamente “assediou” e “incitou” a mãe a se livrar da menina até concretizar a venda por menos da metade do preço inicial para um casal identificado como Carmen C.C. e Germán T.D., detalhou Cossío.

A denúncia da mãe fez com que uma operação fosse acionada, primeiro para prender o pai da criança e a compradora. O companheiro da compradora fugiu sendo procurado pelas autoridades.

A polícia informou que a menina foi submetida a uma avaliação médica que identificou “deterioração do seu estado de saúde, falta de alimentação e descaso”, enquanto a mãe adolescente está sob os cuidados da Ouvidoria da Criança e do Adolescente.

O pai da criança e a compradora devem agora comparecer perante um juiz que avaliará as acusações de tráfico de pessoas, além de adoção ilegal.

A possibilidade de o homem ter decidido vender a menina “motivado pela aquisição de um telefone celular” também será avaliada, segundo o comandante da Polícia de Santa Cruz, Erick Holguín.

Em relatório recente publicado nesta terça-feira, o Ministério Público da Bolívia apurou que entre 1º de janeiro e 30 de junho houve um aumento de 12,14% nas denúncias de crimes de violência de gênero que atingem mulheres, meninas, meninos e adolescentes.

Nesse período, foram registrados 24.918 casos e, segundo o relatório, os crimes mais comuns são abuso sexual e estupro, além dos casos de estupro de menores.

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