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Indiano sepulta filha nascida morta e descobre bebê enterrado vivo

A bebê foi encontrada na quinta-feira passada por um comerciante na região de Uttar Pradesh, norte da Índia.

Lindauro Gomes

16/10/2019 20h29

A newborn baby girl rests at a hospital in Bareilly in northern India’s Uttar Pradesh state on October 16, 2019, where she is recovering after being found buried alive in an earthen pot. – A man digging a grave in northern India found a newborn girl buried alive, police said October 14, in the latest case to shine a spotlight on female infanticide in the country. (Photo by Rohit UMRAO / AFP)

Um pai que estava se preparando para enterrar sua filha, nascida morta, encontrou por acaso uma menina recém-nascida enterrada viva, informaram fontes policiais e médicas indianas, lançando luz sobre o drama do infanticídio de meninas neste país asiático.

O homem cavava um túmulo para sua filha, que havia morrido no dia anterior, quando a pá que usava bateu em um vaso enterrado.

“Quando ele viu que havia um bebê lá dentro, imediatamente o ajudou”, disseram fontes policiais locais.

Por alguns segundos, ouvi um choro e pensei que era minha filha que havia voltado à vida. Mas então percebi que o choro vinha do vaso de terra enterrado“, explicou o homem.

A recém-nascida está em estado grave.

Os infanticídios de meninas são numerosos na Índia, país que vê as meninas como um fardo financeiro para a família – entre outras coisas pelo dote que devem dar aos pais do noivo -, considerando que os homens são um tipo de investimento familiar.

A Índia aprovou duras leis para aliviar essas práticas.

Desde 1994, os médicos são proibidos de comunicar aos pais o sexo de seu futuro bebê, mas há famílias que usam outros métodos para descobrir e recorrem ao aborto se sabem que esperam uma menina.

Um estudo publicado pela revista científica The Lancet em 2011 concluiu que nas últimas três décadas na Índia foram realizados 12 milhões de abortos de fetos femininos.

Nesta quarta já em uma incubadora o bebê apresentou sinais de melhora. Confira a matéria em vídeo.

AFP

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