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Idoso morre atropelado após imprimir carta de amor

Nas cartas, o idoso descreveu o amor que sentia pela mulher, Marlete Vargas da Cunha, que morreu aos 74 anos de idade em 29 de janeiro

Redação Jornal de Brasília

08/12/2021 9h28

Foto: reprodução de TV

Na tarde de segunda-feira (6), um idoso de 72 anos que estava de bicicleta foi atingido por um carro desgovernado e não resistiu aos ferimentos. Ari da Cunha tinha acabado de sair da Câmara de Vereadores de Joinville, no Norte catarinense. Ele queria imprimir a própria biografia e, ainda, uma carta à mulher, que faleceu no início do ano.

Nas cartas, o idoso descreveu o amor que sentia pela mulher, Marlete Vargas da Cunha, que morreu aos 74 anos de idade em 29 de janeiro.

“No dia 21 de junho de 1968, uma rosa sem espinho nasceu no fundo do meu coração, onde permaneceu até a data de 29 de janeiro de 2021, quando, com muito pesar, veio a falecer, aos 74 anos de idade. Nos deixando a saudade, mas também o prazer e o privilégio de termos convivido com esse exemplo de ser humano, de mulher, de mãe e de avó. No meu coração, será sempre como se você não tivesse partido, pois não há dor maior do que nos despedir do nosso próprio coração. Da morte só espero que se traga paz e o reencontro com as pessoas amadas que já se foram. Quem parte para o descanso eterno, deixa lágrimas de saudades e lembranças imortais”, diz um trecho.

Confira outros trechos da carta do idoso para a esposa

Marlete,

Quando eu tinha você ao meu lado, me sentia mais forte. Hoje, me sinto muito fraco e sozinho, pois olho por todos os cômodos da casa e vejo tudo muito vazio sem a sua presença. Como eu sinto sua falta, meu coração sofre com a saudade. Sem você tem sido muito difícil viver e será assim até o fim da minha vida.

Não penso em mais nada além de você. Quando eu precisei de ti, sempre esteve presente ao meu lado e quando você precisou de mim, eu também estava. Estive ao lado da cabeceira da nossa cama procurando te acalmar muitas vezes, pois a dor que você sentia também doía em mim, pois juntos, formavámos um só corpo. Muitas lágrimas derramei por você nestes tempos difíceis.

Começamos nossa vida conjugal sem nada, mas, com a sua ajuda, conseguimos conquistar muitas vitórias e eu sentia que tínhamos muita riqueza de amor. Hoje, me sinto muito pobre. Você foi minha protetora, acolhedora, ajudadora e a segunda mãe. Permanecemos juntos por 52 anos, 7 meses e 1 semana que é igual 640 meses, 19.213 dias, 461.112 horas, 27.666.720 minutos ou 1.660.003.200 segundos. Aqui, nossas mãos se encontram para construir uma história.

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