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Homem suspeito de matar a bailarina Maria Glória é preso, no Paraná

Na manhã desta sexta-feira (28), um homem foi preso suspeito de matar a artista e bailarina Maria Glória Poltronieri Borges

Redação Jornal de Brasília

28/02/2020 15h26

Na manhã desta sexta-feira (28), um homem foi preso suspeito de matar a artista e bailarina Maria Glória Poltronieri Borges. De acordo com a Polícia Civil, o corpo da vítima foi encontrado em uma área rural em Mandaguari, no norte do Paraná.

Com sinais de violação sexual, o corpo da artista foi localizado perto de uma cachoeira, no final de janeiro. Segundo o laudo do IML, a mulher, de 25 anos, foi estuprada e estrangulada. O autor da violência foi preso no Centro de Apucarana, no norte do Paraná, e levado para a delegacia de Mandaguari, onde passa por depoimentos. 

Material genético examinado

A Polícia Civil informou que o material genético achado no corpo e nas roupas da vítima é de Flávio Campana, 41 anos, preso hoje de manhã. “Não há dúvida nenhuma sobre a participação desse homem na morte de Maria Glória, o exame deu 100% compatível com os materiais genéticos encontrados no corpo e na calcinha da vítima”, afirmou o delegado de Homicídio de Maringá, Diego Almeida.

foto: divulgação

Fora isso, de acordo com a polícia, o suspeito tem arranhões pelo corpo, o que prova que ele lutou com a vítima antes dela morrer. “Desde o início ele nega o crime. Pela manhã, na delegacia, ele continuou negando, não aceitou o resultado do exame. Negou que viu a Maria Glória, mas temos fotos que comprovam que ele e um outro homem estiveram na cachoeira no mesmo dia e horário que a vítima estava lá”, relatou o delegado Zoroastro Nery do Prado.

Antes da prisão, Flávio Campana já era monitorado pelos policiais. Em 1998 ele foi condenado por estupro e têm passagens por agredir mulheres. A Polícia não descarta que outra pessoa tenha participado do crime. “Esperamos o resultado de exames que faltam para poder concluir o caso”, finalizou Zoroastro Nery do Prado. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Flávio Campana. 

O dia do crime

De acordo com a família de Maria Glória, a bailarina ia com frequência para a cachoeira e que um dia antes do corpo ser encontrado, ela optou por acampar em uma chácara para orar e estar perto da natureza. 

Justiça

Maurício Borges, pai da vítima, relatou que a prisão do suspeito foi um desafogo para a família. “É uma forma de interromper a dor que a gente sente. Agora, a gente sente um pouco mais de esperança, e essa dor diminui um pouquinho”, afirmou.

O pai da bailarina disse que a família vai lutar para que casos como o da filha deixem de acontecer no país. “Devagarinho, esperamos trazer um novo panorama no combate ao machismo, feminicídio e violência contra a mulher. Nada vai trazer a minha filha de volta, o passado não vai mudar, mas podemos mudar o futuro com informação, educação e melhorias na Lei Maria da Penha”, destacou Maurício Borges.

Passeatas

A morte da bailarina Maria Glória incentivou manifestações em várias cidades. Os manifestantes pediam o fim da violência contra a mulher e alertaram sobre o número de feminicídios no estado. Curitiba e Maringá foram as cidades em que os atos de homenagem aconteceram.

 

 

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