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Homem que teve olhos colados volta a morar com a família após 10 anos vivendo nas ruas

Após ser acolhido em um albergue em Guarujá-SP, Kleber decidiu tratar o alcoolismo e está voltando para sua cidade natal

Redação Jornal de Brasília

09/06/2020 9h12

O ex-morador de rua Kleber Wilson Ciriaco, de 45 anos, natural de Rancho Alegre, no Paraná, se prepara para voltar a morar com a família. Após 10 anos vivendo nas ruas, Kleber optou por tratar o alcoolismo para recuperar a confiança da família, com a qual havia perdido o contato há dois anos. 

Após ser acolhido em um albergue em Guarujá-SP, Kleber decidiu tratar o alcoolismo e está voltando para sua cidade natal. A decisão também foi motivada por um momento assustador, em que ele foi atacado por um grupo que jogou cola Super Bonder nele. O produto atingiu o olho e o braço de Kleber, que precisou correr para uma unidade hospitalar. Ele conta que a grave lesão deixou cicatrizes em sua pele. 

“Viver na rua é muito difícil porque os moradores de rua são invisíveis, eu dormia no papelão. Fora a violência que a gente sofre gratuitamente. Nesse dia eu tesava deitado dormindo perto de um loja, foi na época do carnaval desse ano. Um pessoal que estava passando, por maldade, jogou cola Super Bonder no meu olho e no meu braço. Fui correndo no Pronto Socorro, quase perdi a visão e até hoje tenho a cicatriz no braço.”, relatou Kleber ao Portal G1.

Após sofrer o ataque, Kleber decidiu ir até o Creas Pop e foi recebido em um Albergue Municipal, pela assistente social Rúbia Araújo, de 36 anos. Uma equipe cuidou do homem, que estava doente, magro e com feridas pelo corpo. Após apresentar melhoras, Kleber contou com a ajuda de Rúbia para retomar os laços com sua família.

Em 20 anos de luta contra o alcoolismo o paraense passou por diversas cidades, até se fixar em São Paulo. Kleber é Separado e tem duas filhas.

“Eu comecei a morar na rua pelo vício, que acho que aconteceu na minha vida por uma série de motivos, como a situação financeira, desemprego, minha criação, o sentimental. Não que isso seja justificativa, mas foram coisas que mexiam comigo”, conta o ex-morador de rua ao Portal G1.

Rúbia localizou os familiares de Kleber e, em março, começou o contato com a mãe do rapaz. “No início, a mãe ficou bem resistente, pois já havia dado outras oportunidades para ele. Mas com o passar dos meses fomos regando esse vínculo com ligações e vídeo chamadas e a mãe, sensibilizada com o esforço dele, resolveu recebê-lo novamente”, afirmou a assistente social.

Com o dinheiro do programa de auxilio emergencial, Kleber conseguiu comprar a passagem para voltar à cidade de sua família.

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