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Homem que matou ex e escondeu corpo no sofá é condenado a 21 anos de prisão

Caso aconteceu em 2007 e suspeito havia conseguido fugir para o Paraguai. Lá, ele fez uma nova família e ficou foragido por 10 anos

Willian Matos

05/10/2019 13h00

Da redação
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Eduardo Dias Campos Neto, de 38 anos, que confessou ter matado a ex-mulher e escondido o corpo em um sofá-cama, foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O crime aconteceu em 2007, em Campo Grande-MS, e ele ficou 10 anos foragido no Paraguai, onde chegou a construir uma nova família.

Eduardo confessou ter matado Aparecida Anauanny Martins de Oliveira, que tinha 18 anos à época. O laudo médico apontou que ela sofreu asfixia mecânica causada por provável esganadura, e o suspeito confirmou ter dado um golpe de “mata leão” na ex-mulher.

O assassinato aconteceu após uma discussão entre o casal. Eduardo conta que Aparecida teria cuspido na cara dele, dito que ele não era o pai biológico do filho do casal e chamado ele de “corno”.

Eduardo afirma que não era um homem violento, e que a morte “não era para ter acontecido”. Afirmou ter “perdido a cabeça”. No entanto, a irmã de Aparecida afirma que o acusado era, sim, violento, relatando que já viu ele puxar a vítima pelos cabelos durante uma discussão.

“Ela tinha 15 anos quando ficou grávida e passou a morar com ele, nos fundos da casa da mãe dele. Já no início nós percebemos que ele era violento, tinha muito ciúmes dela”, disse.

Em uma destas ocasiões, segundo a irmã, Eduardo foi trabalhar e deixou a vítima na casa dela. “Quando ele chegou a gritou no portão. Em seguida, conversaram algo e ele já puxou o cabelo dela e a arrastou. Eu pedi pra ele parar, meu marido chamou um amigo e foram atrás, mas, não conseguimos achá-los”, disse a irmã durante júri popular.

O crime

No dia 6 de março de 2007, Eduardo e Aparecida tiveram uma discussão na casa onde moravam juntos. A jovem teria cuspido no rosto do marido e o xingado. Ele, então, a estrangulou, escondeu o corpo em um sofá cama e evitou que o filho visse a mãe morta.

Eduardo, então, fugiu para o Paraguai. Ele contou ao júri que ficou perambulando pela capital sul-matogrossense por três dias até pegar uma carona para o Paraguai. Lá, começou a trabalhar em uma fazenda, chegando a ser gerente do local. Construiu nova família, teve uma filha e descobriu um câncer no osso há cerca de quatro anos.

O assassino confesso de Aparecida ficou foragido por 10 anos. Fugiu em 2007 e só foi capturado em agosto de 2017 porque a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal, que atua em crimes de vários países) incluiu a ocorrência dele nos registros. Ele foi preso em uma estrada de terra no país vizinho, próximo a Porto Murtinho, cidade do Mato Grosso do Sul.

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