Um administrador, de 41 anos, foi preso em flagrante após uma investigação de uma equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) apontar que ele estaria utilizando uma casa de orações para comercializar o Santo Daima, além de outros entorpecentes.
O suspeito reside em Itanhaém-SP. Segundo a Polícia Civil, a equipe apurou que existia um imóvel no bairro, usado como casa de oração, que também seria destinado ao cultivo e comércio da substância Ayahuasca, também conhecida como chá de Santo Daime.
O uso da substância é proibido por lei, já que é utilizada em rituais religiosos, no entanto, a comercialização é ilegal. A bebida é produzida a partir do cozimento de folhas de Chacrona e de um tipo de cipó conhecido como Mariri.
Após ser feita a apuração das informações, uma equipe de investigadores se deslocou até o local e foi recebida pelo suspeito. O administrador alegou que era adepto do uso religioso da Ayahuasca. O homem autorizou a entrada das autoridades, que identificaram uma grande quantidade de plantas destinadas ao cultivo do chá de Santo Daime. Além disso, os policiais encontraram uma grande quantidade de maconha.
A polícia informou que, embora exista resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), publicada em 2010, que autoriza o uso da substância em rituais religiosos, a comercialização da Ayahuasca é ilegal.
Os policiais apreenderam 350 gramas de maconha ‘in natura’ e um frasco de 21 gramas, com sementes da planta. As autoridades também recolheram 46 litros de chá de Santo Daime na forma líquida e 33 litros do chá em gel, três balanças digitais, um bloco de recibo e um aparelho celular. O material foi encaminhado para perícia.