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Grupo que fraudou o INSS para obter benefícios de pessoas mortas é alvo de operação da PF

Sobre o modus operandi da quadrilha, a PF detalhou que os criminosos fraudavam a Previdência Social através de documentos falsos para comprovar vínculos inexistentes com segurados falecidos

Redação Jornal de Brasília

08/11/2022 10h57

Foto: Polícia Federal/Divulgação

Agentes da Polícia Federal estão cumprindo nesta terça-feira (8) em Santa Catarina, Paraná e Pernambuco, 15 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão contra investigados por integrar um grupo criminoso especializado em fraudes para obtenção de benefícios previdenciários.

Com núcleo no litoral norte catarinense, a maior parte dos mandados é contra investigados das cidades de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí. Batizada de “Segue o Baile! A Festa Continua!”, a ação identificou prejuízo de R$ 4,5 milhões contra os cofres públicos.

Sobre o modus operandi da quadrilha, a PF detalhou que os criminosos fraudavam a Previdência Social através de documentos falsos para comprovar vínculos inexistentes com segurados falecidos, visando recebimento de pensões por morte e aposentadorias.

“Para tanto, eles utilizavam documentos falsos para comprovar vínculos de dependência inexistentes com segurados falecidos, bem como reativavam irregularmente benefícios suspensos com o uso indevido de matrículas e senhas de servidores do INSS, passando a inserir os nomes de membros da organização como novos titulares ou curadores dos legítimos beneficiários”, descreveu a corporação.

Ao todo são 160 policiais federais na operação. Dos 15 mandados de prisão – sete temporários e oito preventivos – 13 são em Santa Catarina. No Paraná, os mandados são em Curitiba, Maringa e Fazenda Grande. Em Pernambuco, as diligências ocorrem em Petrolina.

A PF não informou os nomes dos alvos da operação. Um balanço do quantitativo de mandados cumpridos será dado em entrevista coletiva às 10h.

A “Segue o Baile! A Festa Continua!” é decorrente de outra operação, de novembro de 2021, e investiga crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, acesso indevido aos sistemas da previdência, entre outros, com penas que podem chegar a 20 anos de prisão em caso de condenação.

Coordenada pela Força-Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal e pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, a operação acredita que o prejuízo poderia ser maior.

“A Força-Tarefa já identificou prejuízo na ordem de R$ 4,5 milhões de reais aos cofres da Previdência Social sendo que essa quantia poderia superar a casa de R$ 10 milhões de reais, caso a operação policial não interrompesse a ação criminosa”, reiterou.

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