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Governo notifica cervejaria a prestar esclarecimentos

A empresa está sendo investigada depois de um laudo da Polícia Civil mineira ter relacionado a substância tóxica no produto à morte de uma pessoa e a internação de outros oito consumidores

Redação Jornal de Brasília

10/01/2020 20h37

A Cervejaria Backer foi notificada, nesta sexta-feira, 10, pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a prestar esclarecimentos no prazo de dois dias úteis sobre a contaminação de dois lotes da cerveja Belorizontina, com a substância dietilenoglicol.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou recolher os produtos e a suspensão da comercialização. A ordem foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira.

A empresa está sendo investigada depois de um laudo da Polícia Civil mineira ter relacionado a substância tóxica no produto à morte de uma pessoa e a internação de outros oito consumidores.

No comunicado, a Senacon também solicita o recolhimento dos produtos para vistoria e compartilhamento de segredo industrial. A Backer deverá informar ao órgão quais são os estados em que os lotes foram distribuídos e programar uma campanha de recolhimento.

De acordo com assessoria de imprensa da cervejaria, foram produzidos ao todo 66 mil garrafas, 33 mil em cada um dos lotes: L1 1348 e L2 1348. O laudo é preliminar e, segundo a Polícia Civil mineira, ainda não é possível cravar que a responsabilidade seja da cervejaria.

Na última quinta-feira, a Polícia Civil e a vigilância sanitária mineira anunciaram que uma perícia em amostras da cerveja encontrou uma substância tóxica “compatível com os quadros clínicos desenvolvidos por oito pessoas”, segundo o jornal “Estado de Minas”. Segundo a secretaria de Saúde do Estado, o laudo “comprova a presença de substância tóxica em cerveja consumida por pacientes internados em estado grave”.

A Polícia Civil de Minas Gerais apontou que os lotes L1 1348 e L2 1348 estavam contaminados com dietilenoglicol, substância usado em serpentinas no processo de refrigeração de cervejas. A empresa produziu 33 mil garrafas em cada uma das remessas.

Em nota, a Backer informou que “a substância não faz parte do processo de produção da cerveja belorizontina”. Mas que, “por precaução, os lotes em questão citados pela Polícia Civil, e recolhidos na residência dos consumidores citados, serão retirados imediatamente de circulação, caso ainda haja algum remanescente no mercado”.

A Backer também afirma “estar à disposição das autoridades para contribuir com a investigação e tem total interesse que as causas sejam apuradas, até a conclusão dos laudos e investigação”.

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