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‘Gosto das minhas mãos’, diz paciente islandês que recebeu duplo transplante de braço

Felix Gretarsson mostra seus novos braços, enxertados em 13 de janeiro em Lyon (leste da França) na altura do ombro, uma operação sem precedentes

Redação Jornal de Brasília

27/01/2021 15h42

“Estou começando a considerá-los meus”, explicou o islandês Felix Gretarsson sobre seus novos braços, enxertados em 13 de janeiro em Lyon (leste da França) na altura do ombro, uma operação sem precedentes.

Duas semanas após sua intervenção, o eletricista de 48 anos está “muito bem”, explica ele em entrevista ao semanário Tribune de Lyon, em sua edição de quarta-feira (27).

“Embora não tenha sido fácil e, acima de tudo, muito doloroso. As primeiras 24 horas foram horríveis”, afirma.

“Eu tomo muitos analgésicos, mas sinto que a cada dia progride”, confidencia Gretarsson, que se recupera em seu quarto no serviço de transplante do Hospital Edouard Herriot.

Em 13 de janeiro, após um transplante que durou mais de quatro horas, quatro equipes de cirurgiões o enxertaram um par de braços e ombros.

“Sempre soube que isso ia acontecer”, destaca Félix Gretarsson, referindo-se ao transplante que espera desde 2007.

Ele também confessa que começa a se apropriar dos braços e também das mãos. “Gosto das minhas mãos. Por outro lado, parecem as de antes”, perdidas em um acidente há 23 anos enquanto trabalhava numa linha de alta tensão na Islândia.

Felix Gretarsson diz estar “muito otimista” para recuperar alguma mobilidade, embora admita que pode não encontrar “nenhuma”.

Acompanhado de sua esposa Silvia, ele deve passar mais três semanas no hospital antes de ser transferido para um serviço de reeducação física e reabilitação neurológica, perto de Lyon.

© Agence France-Presse

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