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Família de homem que estaria usando ‘Maps’ ao cair de ponte processa Google

Philip Paxson, vendedor de dispositivos médicos e pai de duas filhas, morreu afogado no dia 30 de setembro de 2022

Redação Jornal de Brasília

25/09/2023 14h09

Foto: AP

A família de um homem do Estado da Carolina do Norte, nos EUA, que morreu depois de dirigir seu carro por uma ponte desabada enquanto supostamente seguia as instruções do Google Maps, está processando a gigante da tecnologia por negligência, alegando que a empresa havia sido informada do colapso da ponte, mas falhou em atualizar seu sistema de navegação. O Google diz estar analisando o processo.

Philip Paxson, vendedor de dispositivos médicos e pai de duas filhas, morreu afogado no dia 30 de setembro de 2022, depois que seu Jeep Gladiator mergulhou em Snow Creek, em Hickory, de acordo com uma ação movida na terça-feira, 19, no Tribunal Superior do Condado de Wake.

Paxson estava voltando da festa de nono aniversário de sua filha para casa, passando por um bairro desconhecido, quando o Google Maps supostamente o instruiu a cruzar uma ponte que havia desabado nove anos antes e nunca foi reparada.

“Nossas meninas perguntam como e por que o pai delas morreu e fico sem palavras que elas possam entender porque, como adulta, ainda não consigo entender como os responsáveis pelas direções do GPS e pela ponte puderam ter agido com tão pouca consideração pela vida humana”, disse sua esposa, Alicia Paxson.

Os policiais estaduais que encontraram o corpo de Paxton em seu carro tombado e parcialmente submerso disseram que não havia barreiras ou sinais de alerta ao longo da estrada destruída. Ele havia dirigido de uma borda desprotegida e caído cerca de seis metros abaixo, de acordo com a ação judicial.

A Patrulha Estadual da Carolina do Norte disse que a ponte não era mantida por autoridades locais ou estaduais e que a empresa do desenvolvedor original foi dissolvida. O processo nomeia várias empresas de gestão de propriedades privadas que afirma serem responsáveis pela ponte e pelos terrenos adjacentes.

De acordo com o processo, várias pessoas notificaram o Google Maps sobre o colapso da ponte nos anos que antecederam a morte de Paxson e insistiram que a empresa atualizasse suas informações de rota.

A ação judicial inclui registros de e-mail de outro residente de Hickory que usou o recurso “sugerir uma edição” do mapa, em setembro de 2020, para alertar a empresa de que estava direcionando os motoristas sobre a ponte desabada.

Um e-mail do Google de novembro de 2020 confirma que a empresa recebeu seu relatório e estava analisando a mudança sugerida, mas a ação judicial afirma que o Google não tomou nenhuma ação adicional.

“Temos as mais profundas condolências à família Paxson”, disse o porta-voz do Google, José Castañeda, à Associated Press. “Nosso objetivo é fornecer informações precisas de rotas no Maps e estamos analisando este processo.”

Estadão conteúdo

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