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Estudantes morrem após caírem do 4º andar em universidade da Bolívia

Segundo vídeos publicados nas redes sociais, dezenas de estudantes estavam espremidos nas portas de acesso ao local do encontro

Redação Jornal de Brasília

03/03/2021 13h58

Foto: Agência Brasil

Pelo menos sete estudantes morreram nesta terça-feira, 2, ao caírem do quarto andar depois que uma grade se rompeu na Universidade Pública de El Alto (Upea), na Bolívia. Os jovens estavam participando de uma assembleia extraordinária, que foi convocada pelo Centro Estudantil, uma reunião que levou a protestos e empurra-empurra que fizeram com que a proteção cedesse.

Segundo vídeos publicados nas redes sociais, dezenas de estudantes estavam espremidos nas portas de acesso ao local do encontro. Houve empurrões, quando uma grade de metal cedeu. Os estudantes caíram no térreo, com piso de cimento, enquanto outros alunos se agarraram desesperadamente a colegas para não ter o mesmo fim, em meio a gritos.

O comandante da polícia Jhonny Aguilera confirmou que o número de estudantes mortos é de sete, quatro homens e três mulheres, e que as idades variavam entre 19 e 27 anos. Segundo ele, oito pessoas caíram após a grade se quebrar, mas uma delas conseguiu se segurar no terceiro andar.

Sobre a investigação do acidente, Aguilera declarou que primeiro é preciso estabelecer as causas que levaram à reunião, já que encontros do tipo estão proibidos como medida de combate à pandemia do coronavírus.

No momento do acidente, três estudantes morreram no local devido ao impacto, enquanto os outros quatro morreram nos hospitais para os quais foram transferidos. Pelo menos cinco feridos estavam internados com um prognóstico não divulgado.

“Expresso minhas mais sinceras condolências ao povo de El Alto e às famílias enlutadas. Esperamos que os fatos sejam esclarecidos em breve”, pronunciou-se o presidente da Bolívia, Luis Arce.

A Upea emitiu uma nota oficial em que também lamentou o que definiu como “acidente fortuito” e destacou que o ocorrido está sob investigação policial, além de funcionários realizarem uma averiguação interna.

Aglomeração

Diferentes setores estão questionando porque mais de 60 estudantes foram autorizados a se aglomerarem em um único andar, sem as medidas de distanciamento e biossegurança devido à pandemia do coronavírus, e sob quais condições a assembleia estudantil foi permitida. No prédio do curso de Administração de Empresas estava sendo realizada uma reunião de estudantes para discutir questões financeiras, com as quais houve algumas discordâncias que provocaram reclamações e conflitos.

Em vários vídeos que circulam nas redes sociais, os jovens podem ser vistos juntos protestando nos corredores que levam a um salão onde a assembleia acontecia, momentos antes de uma proteção ceder e os oito estudantes caírem do quarto andar.

“Houve uma assembleia, apesar de haver uma resolução que proíbe reuniões, mas eles deixaram este grupo de estudantes entrar”, relatou o reitor da Upea, Henry Huanca, a uma estação de rádio local. (Com agências internacionais).

Estadão conteúdo

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