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Enfermeira comove internautas com relato sobre trabalho em meio ao coronavírus

Com o rosto marcado pelo uso dos equipamentos de proteção após seu turno em um hospital de Milão, Alessia disse ter medo de ir trabalhar

Redação Jornal de Brasília

11/03/2020 17h50

A enfermeira italiana Alessia Bonari comoveu a internet com seu relato emocionante sobre o surto do novo coronavírus no país, publicado em suas redes sociais nesta segunda-feira, 9.

Com o rosto marcado pelo uso dos equipamentos de proteção após seu turno em um hospital de Milão, Alessia diz: “Também tenho medo, mas não de ir às compras, tenho medo de ir trabalhar. Tenho medo porque a máscara pode não aderir bem ao rosto, ou posso ter me tocado acidentalmente com luvas sujas, ou talvez as lentes não cubram completamente meus olhos e alguma coisa possa ter passado.”

“Estou fisicamente cansada porque os dispositivos de proteção machucam, o jaleco me faz suar e, uma vez vestida, não posso mais ir ao banheiro ou beber água por seis horas. Estou psicologicamente cansada e, como eu, todos os meus colegas estão na mesma condição há semanas, mas isso não nos impedirá de fazer o nosso trabalho como sempre fizemos”, relata a enfermeira. “Continuarei a tratar e cuidar de meus pacientes, porque sou orgulhosa e apaixonada pelo meu trabalho”.

Alessia faz um apelo aos jovens. “O que peço a quem está lendo este post é não frustrar o esforço que estamos fazendo, ser altruísta, ficar em casa e, assim, proteger os mais frágeis. Nós, jovens, não somos imunes ao coronavírus, também podemos ficar doentes, ou pior, podemos deixar os mais frágeis doentes”.

“Não posso me dar ao luxo de voltar para minha casa durante a quarentena, tenho que trabalhar e fazer minha parte. Faça a sua, peço por favor”, pede a profissional.

A postagem tem quase 700 mil curtidas e muitos comentários em que os usuários da plataforma agradecem os esforços de Alessia e de todos os profissionais de saúde.

A Itália já tem mais de 12 mil casos da covid-19, com mais de 800 mortes. A população envelhecida do país, onde 22% da população tem mais de 65 anos, potencializa os riscos da doença. 

Veja a publicação: 

https://www.instagram.com/p/B9gmYPLJFt_/?utm_source=ig_embed

Com informações do Estado de S. Paulo.

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