A professora Taynara Cristina Silva, de 25 anos, passou por uma situação revoltante nesta quarta-feira (5), ao dar aula para jovens do 3º ano do ensino médio. Ela alega ter sido vítima de racismo por parte da diretora da instituição e denunciou a mulher pelas ofensas.
De acordo com os relatos, a professora dava aula quando a diretora chegou na sala e a culpou pelo filho, que trabalha na administração pública da escola, ter batido o carro, pois estaria conversando com Taynara no WhatsApp. Na ocasião, uma aluna defendeu a professora e disse que o homem estava errado ao usar o telefone dirigindo. O caso ocorreu em Maceió-AL.
A diretora então respondeu dizendo: “A Taynara é muito ousada. Quando vocês forem a Ouro Branco [no sertão de Alagoas], onde tem o melhor couro, compre um chicote do bom para eu dar uma chicotada nela para que ela relembre do tempo que ela pretende voltar”, contou a professora.
Taynara relatou que, após a fala, e diante da repercussão com os alunos, a diretora tentou remediar a situação: “Disse que foi um teste, ‘uma brincadeira’, para ver se os alunos estavam absorvendo a aula”. Segundo a professora, quando a mulher saiu da sala, algumas estudantes negras choraram e ela também não conteve as lágrimas.
Após o ocorrido, a diretora foi se retratar com Taynara e teria dito que “a empregada dela é como se fosse da família e que foi uma brincadeira”. “E disse ainda que poderia ter escolhido uma professora branca, mas me escolheu ‘mesmo sendo negra’”, contou a docente.
Revoltados com a situação, alunos fizeram um protesto em frente à escola, na manhã desta quinta-feira (06/02/2020), em repúdio ao ato da diretora. “Isso precisa ser corrigido, precisa ser feita a Justiça”, disse a professora.