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Criança pede comida e roupas em carta para Papai Noel

“Quero te pedir uma cesta de alimentos e roupas para passar o Natal”, disse Gabriel, de 10 anos. PMs se comoveram e presentearam o garoto

Willian Matos

15/11/2019 9h49

Da redação
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Uma criança de 10 anos, moradora do Peruíbe, litoral de São Paulo, fez um pedido diferente ao Papai Noel. Ao invés de celular, tablet, videogame ou bicicleta, Gabriel só queria ter comida e roupas neste Natal.

“Oi, Papai Noel, eu sou o Gabriel. Tenho 10 anos. Quero te pedir uma cesta de alimentos e roupas para passar o Natal”, disse o garoto na carta. “Eu não tenho pai, só tenho mãe. Eu amo muito ela. Dizem que pai não faz falta, mas para mim faz muita falta”, prosseguiu.

Gabriel, que vive com a mãe e o irmão, explica que a família vive situação financeira difícil. “Eu tenho um irmãozinho que se chama Lucas. Ele é autista, então, por isso, minha mãe não pára em emprego nenhum. Ela leva meu irmão para muitas consultas e ninguém quer cuidar dele.” Veja a carta completa:

A situação emocionou policiais militares que patrulhavam a área. Na quinta-feira (14), a mãe de Gabriel parou uma viatura e pediu que os PMs entregassem a carta do garoto em alguma agência dos Correios, na esperança que alguém pegasse o documento e realizasse os desejos do filho. No entanto, os próprios policiais decidiram fazê-lo.

O soldado Fabiano Santil conta como foi a conversa com a mãe de Gabriel. “A mãe do menino viu a viatura em patrulhamento e pediu ajuda. Pensamos até que era alguma ocorrência, mas ela pediu que a gente levasse uma carta a uma agência dos Correios na cidade”, diz.  “Ela não explicou muito, só pediu para levar. Quando olhei atrás, o remetente era o Papai Noel. Imediatamente, sabíamos que a carta iria para a campanha de Natal dos Correios”, explica, ao portal G1.

Os policiais, então, decidiram presentear Gabriel. Porém, eles ainda nem sabiam o que o garoto havia pedido. “Nós esperávamos ler a carta com um pedido de brinquedo, algum jogo e, quando abrimos, ele pedia comida para a família passar o Natal e dois pares de chinelo, um para ele e outro para o irmão, que tem autismo”, conta. “Me deu um nó na garganta. Nós temos filhos,e é muito triste ver uma criança pedindo comida para a família”, se emociona.

Foto: arquivo pessoal

Os policiais compraram uma cesta básica e os calçados que Gabriel pediu. “Dissemos aos meninos que o Papai Noel estava pelo Centro da cidade e que já tinha adiantado os presentes”, relata.

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