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Coronel da PM e namorada são presos suspeitos de estuprar criança

Menina relatou os abusos, iniciados em 2014, após assistir a um vídeo educativo na escola

Redação Jornal de Brasília

14/11/2019 10h58

Da redação
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O coronel da Polícia Militar Jaime de Paula Pessoa Neto, de 53 anos, e a namorada dele, a universitária Lorena Bezerra de Melo, de 37, foram acusados pelo crime de estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos, familiar da mulher. Os crimes aconteciam desde 2014, quando a menina tinha seis anos, mas foram denunciados em maio deste ano. 

O caso ocorreu em Fortaleza-CE. O caso foi denunciado pela mãe da garota, em maio de 2019. As defesas dos réus negam os crimes e alegam que a mãe da menina inventou a história, após ser ameaçada de perder a guarda da criança. 

De acordo com a ocorrência, a menina revelou aos parentes ter sofrido abuso sexual após assistir a um vídeo educativo na escola e perceber o que havia ocorrido. A garota contou detalhes dos atos, que muitas vezes eram acompanhados de filmes pornográficos na TV. De acordo com o relato, a vítima apresentou tumores e manchas brancas nos órgãos genitais, meses antes da denúncia. 

Em depoimento à polícia em 13 de maio deste ano, a criança disse que o casal fazia sexo na frente dela e também a tocava. A menina relatou que o coronel sempre pedia para que ela não contasse para ninguém. 

Os exames realizados pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) no corpo da vítima não encontraram esperma e atestaram que a membrana himenal e o ânus da criança estavam íntegros. Apesar dos resultados, a Polícia Civil indiciou o coronel Jaime Neto e Lorena de Melo, em 9 de setembro.

Ao ser interrogado pela Polícia Civil, o coronel contou que Lorena se tornou sua namorada apenas em março de 2019. Quanto à menina, somente no fim do ano passado ela teria passado a frequentar sua residência. O oficial acrescentou que tem uma filha adolescente e que se acostumou a conviver com outras crianças, familiares de ex-companheiras, sem denúncias anteriores.

Já a universitária acusada afirmou que passava os fins de semana com a menina e a levava para a casa do namorado porque a mãe da criança a abandonava sozinha em casa, inclusive sem alimentação. Ela acrescentou que já havia cobrado da mãe da menina sobre a situação e pensava em pedir a guarda da criança na Justiça, o que motivou a mulher a realizar “falsas acusações” contra o casal.

O Ministério Público apresentou a denúncia à Justiça em setembro e rebate a versão dos réus, pois de acordo, “não existe, nos autos, prova minimamente razoável de que a mãe da vítima possuía motivos para engendrar comunicação falsa de crime”.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que “determinou a instauração de Investigação Preliminar para a devida apuração do fato na seara administrativa, estando esta, atualmente, em andamento. As investigações possuem caráter reservado”.


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