Menu
Na Hora H!

Bebê arrancado da barriga de mãe assassinada deve ser levado a abrigo

Parentes da criança, incluindo o pai, procuraram por ele na unidade hospitalar, onde se encontra internado em estado estável 

Redação Jornal de Brasília

25/10/2019 9h14

Da redação
[email protected]

O bebê que foi arrancado da barriga da mãe Fabiane Pires Batista, de 23 anos, mulher assassinada nesta semana, deve ser encaminhado ao abrigo Lar do Bebê após receber alta do hospital. 

Parentes do recém-nascido, incluindo o pai, procuraram por ele na unidade hospitalar nesta semana. Ainda não há previsão de quando o menino terá alta do hospital. O estado de saúde dele segue estável. 

O menino Gustavo Henrique, de sete anos, também filho da vítima, foi encontrado morto próximo ao local onde a mãe foi morta. A polícia identificou cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime. Uma menina de 13 anos (irmã de Fabiana), quatro adolescentes e Cátia Barros Rabelo (mulher suspeita de tentar ficar com o bebê e fingir que estava grávida de um garimpeiro). 

O pai da criança está providenciando o reconhecimento de paternidade. A Vara da Infância e Juventude de Porto Alegre irá averiguar a conveniência dessa criança ir para o pai, para a família paterna ou materna, para poder, assim, estabelecer quem tem as melhores condições de ficar com a criança. De acordo com a juíza responsável, o pai do bebê e Fabiana não viviam juntos, mas mantinham um relacionamento. 

O pai da criança deve ser ouvido pela polícia nos próximos dias. A corporação não descarta a participação de mais pessoas no duplo homicídio. 

O crime

Uma mulher, de 34 anos, foi presa nesta terça-feira (22). Cátia Barros Rabello é suspeita de participar da morte de Fabiana Pires Santana, de 23 anos, e do filho dela, Gustavo Henrique Pires Maciel, de sete anos. Um adolescente de 15 anos, que é filho de Fabiana, está apreendido na Unidade de Internação Provisória, juntamente com os outros suspeitos envolvidos.

O crime ocorreu no sábado (19) em Porto Velho. Uma menor de 13 anos confessou ter matado a irmã e o sobrinho. A motivação do crime seria as repreensões da irmã mais velha com a menor, além disso, o marido de Fabiana teria abusado da menina.

Fabiana, que estava grávida, foi atraída para o local pelo adolescente de 15 anos, e atacada a pauladas e golpes de faca na região do pescoço e peito pela irmã de 13. Antes de morrer, o filho que ela estava esperando foi arrancado a força da barriga dela, pela menor.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, o bebê foi levado pelo adolescente de 15 anos, que planejava ajudar a mãe a dar um golpe em um garimpeiro. A delegada conta que a mãe do adolescente namorava um garimpeiro, e teria pego a criança para dizer que o bebê seria dele.

A menina de 13 anos contou à polícia que agrediu a pedradas o sobrinho Gustavo Henrique, de sete anos, e em seguida jogou o menino na lagoa próximo onde a mãe dele foi encontrada morta.

Em depoimento, Cátia Barros contou que a participação dela no crime foi de entregar as luvas usadas pelos menores para arrancar o bebê da barriga da mãe. Ela confessou ter interesse na criança, já que ela estava forjando uma gravidez.

A mulher relatou que no dia do crime, os menores se reuniram na casa dela para arquitetar a morte de Fabiana. Ainda na casa, eles teriam providenciado os objetos utilizados no crime.

Cátia contou à delegada que já tinha escolhido o nome para o filho de Fabiana e que pretendia ficar com a criança. Ainda em depoimento, afirmou que chegou a levar o bebê para o companheiro conhecer.

A mulher prestou esclarecimentos e foi encaminhada ao presídio, onde ficará a disposição da Justiça.


    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado