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Áudio revela crimes de quadrilha formada por policiais e comandada por ex-PM

Nas mensagens, os policiais militares presos comentam os crimes executados. Em um dos trechos divulgados pela SSP, um dos suspeitos diz estar com “saudade de matar”

Marcus Eduardo Pereira

02/12/2019 22h58

Após a Operação Dictum (“limpeza” em latim), ser deflagrada nesta segunda-feira (2), e o ex-policial Wanderley Silva, considerado líder de um grupo de policiais militares suspeito de roubo, homicídio e pistolagem, ser preso, áudios dos criminosos foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

Nas mensagens, os policiais militares presos comentam os crimes executados. Em um dos trechos divulgados pela SSP, um dos suspeitos diz estar com “saudade de matar”. Em outro, afirma ter pedido R$ 20 mil para assassinar uma pessoa. A SSP não informou a data do registro dos áudios.

Além de Wanderley Silva e Fábio Abreu, foram presos dez policiais, sendo nove militares e um civil, além de duas pessoas que não eram agentes de segurança.

Em uma das conversas divulgadas, um homem identificado como René Carvalho – que segundo o Greco é PM e não foi preso – chama Wanderley para agredir uma pessoa que estaria incomodando sua família, mas pede que a vítima não seja morta. Wanderley diz, então, que está com saudade de matar.

“Vou caçar uma ripa aqui que é bom dar nele é de ripa, não é de mão, não. Porque tem que ser rapidinho pra não inflamar de gente”, diz René.

Wanderley questiona: “Beleza e por que não derruba logo esse moleque?”.

Renê responde: “Não pode matar, não. Se matar, vai dar confusão aqui. É só dar uma ripada boa mesmo. Se [ele] tivesse feito alguma coisa mais grave, quem tinha matado era eu mesmo”.

O ex-PM finaliza: “Estou com saudade, nunca mais matei ninguém, ô tristeza. Tirar um diazinho pra nós rodar…”.

Em outro áudios, Wanderley pede ajuda para comprar uma pistola, porque estaria apenas com um revólver 38. Em tom irônico, em outros trechos, ele comenta sobre todos serem “pistoleiros”.

“Vê como é que tu me ajuda pra comprar a pistola. Tu é doido, tô andando só com o ‘oitão’ aqui. Ainda mais nós, que somos pistoleiros, Maguim, tem que botar na cabeça que somos pistoleiros”, diz.

Um das suspeitas é que o bando interceptava cargas de contrabando, em especial de cigarro, para vender. Além disso, são suspeitos de invadir bocas de fumo, roubar entorpecentes e repassar a droga a outros grupos de traficantes, mediante pagamento.

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