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Aos 77 anos, ‘mulher mais solitária do mundo’ ganha eletricidade

A idosa está recebendo um painel solar para fornecer eletricidade para alimentar um telefone via satélite e permitir que ela peça ajuda para sua casa remota a centenas de quilômetros de qualquer lugar habitado na Sibéria (Rússia)

Redação Jornal de Brasília

08/12/2021 10h30

A eremita Agafya Lykova, de 77 anos, considerada a “mulher mais solitária do mundo”, está entrando na era moderna depois de viver a maior parte de sua vida como “uma camponesa do século 18”. A idosa está recebendo um painel solar para fornecer eletricidade para alimentar um telefone via satélite e permitir que ela peça ajuda para sua casa remota a centenas de quilômetros de qualquer lugar habitado na Sibéria (Rússia).

O painel chegou de helicóptero e foi instalado por voluntários. Contato com estranhos é desestimulado por causa do risco de a idosa contrair Covid-19. Ela aceitou a engenhoca tecnológica em meio a preocupações com sua saúde na remota e inóspita floresta, onde as temperaturas caem para menos 50°C no inverno.

Agafya é a única sobrevivente de uma família que em 1936 fugiu para o isolamento, onde ela nasceu, a fim de evitar a perseguição religiosa e os esquadrões da morte criados pelo regime de Stalin. A família Lykov, formada por crentes ortodoxos, permaneceu sem ser descoberta na agreste selvagem por quatro décadas, permanecendo fora de vista durante a Segunda Guerra Mundial e a primeira missão tripulada de Yuri Gagarin ao espaço. Só em 1978, a família foi finalmente avistada por geólogos soviéticos.

Eles viveram, como ela ainda vive, guiados por uma velha Bíblia nas montanhas Sayan Ocidental, em uma área onde vagam lobos e ursos. Depois de um incêndio, Agafya teve o auxílio de voluntários para reconstruir a sua casa de madeira.

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