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Amor de mãe: Dayana se matriculou na sala do filho para ajudá-lo

Dayana Mamer, mãe autônoma de 31 anos, decidiu voltar aos estudos para encorajar o filho a não abandonar a escola. Hoje, eles estudam na mesma sala

Redação Jornal de Brasília

17/02/2020 14h01

Dayana Mamer, mãe autônoma de 31 anos, decidiu voltar aos estudos para encorajar o filho a não abandonar a escola. Hoje, eles estudam na mesma sala em uma instituição de ensino de São Vicente, litoral de São Paulo, e querem garantir um futuro e mudar de vida. Em 2018, a mãe percebeu a dificuldade do filho na escola e resolveu ajudá-lo.  Os dois estão integrados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) que fica na Escola Municipal Raul Rocha, na Vila Ponte Nova. 

Dayana contou que por causa da gravidez na adolescência, parou de estudar na 7ª série. “Perdi minha juventude. Acabei tentando voltar a estudar de novo, mas não consegui e desisti na época”, relatou. A autônoma lembrou que tinha parado de estudar na série que o filho apresentou dificuldades.  “No 7º ano ele (filho) repetiu. A família achou que era melhor ele mudar de escola e ele acabou indo morar um ano com a minha tia, mas novamente ele repetiu essa série”, lembrou Dayana. Então, na rematrícula do filho, ela conheceu o ensino para adultos e jovens. 

Foto: Arquivo Pessoal

“Foi então que vi que na escola tinha o EJA, então pensei que poderia voltar a estudar com ele. Esperei ele completar 15 anos e nós nos matriculamos juntos, na mesma sala. Não queria que ele fizesse o mesmo que eu, de abandonar os estudos. Desejo um futuro diferente ao meu filho”, destacou.

Segundo a mãe, no começo seu filho, Luiz Henrique Vasconcelos, de 15 anos, não curtiu a ideia, mas, com o tempo, se acostumou. 

“Por incrível que pareça, está dando super certo. O boletim dele não tem nota menor do que oito. Um ajuda o outro e isso eu acho muito legal. Tem matérias que ele gosta mais e tem mais facilidade, assim como tem outras que eu já me dou melhor, então nos apoiamos e trocamos conhecimento. Fazemos trabalhos, lições de casa, e estudamos para as provas juntos. A educação é muito importante e, se a mãe não estiver presente na vida escolar e social do filho, não vai para frente”, afirmou.

Foto: arquivo pessoal

Honrada com o desempenho do filme, Dayana adorou a nova experiência. A adolescência é uma fase muito difícil e é essencial que a mãe esteja acompanhando cada passo do filho. A educação é muito importante nas nossas vidas. Eu sei disso porque parei de estudar muito nova e me fez falta. Para mim, essa experiência de retornar a sala de aula é inexplicável. Parece que voltei 17 anos no tempo e estou ganhando uma nova oportunidade. Além disso, eu e o Luiz nos tornamos mais próximos e unidos depois de tudo isso. Melhorou o diálogo”, relatou.

André Zeferino, professor da família,  aprova a atitude da mão e lembra a importância da escola para pessoas de todas as idades. “É muito importante o aluno ter esse conhecimento diário e transformador. Pessoas que acreditam que não tem mais como estudar podem, sim, estudar. O EJA proporciona isso e elas jamais devem desistir. A educação é transformadora e pode garantir um futuro promissor”, finalizou.

 

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