Amigos e familiares de um professor de educação física e surfista procuram dar continuidade ao tratamento oncológico ao qual ele vinha sendo submetido. Para isso, o grupo tem feito uso das redes sociais para custear a quimioterapia. Alessandro Rodrigues, de 38 anos, é de Praia Grande-SP, mas atualmente vive na Austrália.
A Austrália possui um sistema público de saúde, no entanto, por ainda não ter recebido o visto de trabalho, o surfista não tem direito ao benefício. Devido a isso, o hospital, que o ajudou com vários descontos, enviou a conta do tratamento, mas Alessandro não tem como arcar com os custos.
Ele passou a depender das sessões de quimioterapia após ser diagnosticado com um câncer no sistema linfático, conhecido como linfoma, ou Doença de Hodgkin. Alessandro descobriu a enfermidade em setembro de 2020, enquanto fazia exames para o processo de aplicação do visto de trabalho na Austrália.
O surfista explica que as sessões destroem tanto células saudáveis como as cancerígenas, causando o enfraquecimento do sistema imunológico. Na época em que descobriu a doença, ele trabalhava como pintor, mas devido aos efeitos do tratamento, ele ficou impossibilitado de trabalhar.
Desde que descobriu a doença, Alessandro passou por diversas mudanças, que o fizeram refletir sobre aspectos de sua vida. Ele precisou se adaptar às condições, passou a se preocupar com as despesas do tratamento e recebeu o apoio de diversas pessoas.
Durante esse tempo, Alessandro resolveu voltar a falar com o pai, com quem não entrava em contato desde 2018. O surfista contou que o familiar faleceu há duas semanas, em decorrência da Covid-19. O brasileiro recebeu a ajuda de familiares e de amigos dele na Austrália.