A adolescente de 15 anos que atirou em Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi internada, na noite dessa terça-feira (15), após se apresentar na Delegacia Especializada do Adolescente. A medida foi cumprida por determinação da Justiça. A defesa da adolescente afirma que irá entrar com um pedido de habeas corpus para reverter a decisão.
Isabele morreu após ser atingida por um tiro no rosto em 12 de agosto deste ano, em um condomínio de luxo de Cuiabá-MT. A adolescente, de 15 anos, alegou que o disparo foi acidental, no entanto, as investigações apontaram que a ação foi voluntária. Dessa forma, o Ministério Público Estadual (MPE) entendeu que a menor cometeu ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que menores que cometem atos infracionais análogos a crimes hediondos sejam internados.
Após o óbito de Isabele, a polícia iniciou as investigações e ouviu o depoimento da amiga da vítima. A adolescente alegou que havia subido até o quarto dela para guardar a arma do namorado. Enquanto isso, Isabele estaria no banheiro do quarto. No percurso, o case, onde as duas armas estavam guardadas, acabou caindo e a arma, que estava carregada, disparou em seguida e atingiu Isabele.
Após o prosseguimento das investigações, a polícia concluiu que a versão apresentada pela adolescente era incompatível. De acordo com a Justiça, a menor assumiu o risco de matar a vítima.
O namorado da adolescente também foi indiciado. O adolescente , de 16 anos, deve responder por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado sem autorização. O pai dele também foi indiciado.
Além disso, o pai da adolescente que atirou, que é empresário, foi indiciado por posse de arma de arma de fogo, homicídio culposo, entrega de arma para adolescente, previsto no Estatuto do Desarmamento, e fraude processual.