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Venezuela diz que frustrou ‘invasão’ pelo mar e deixa oito mercenários mortos

De acordo com o governo venezuelano, um grupo de mercenários da Colômbia “tentou realizar uma invasão marítima com o objetivo de cometer atos terroristas no país”

Redação Jornal de Brasília

04/05/2020 9h54

A Venezuela informou ter interceptado no domingo, 3, uma invasão marítima de supostos mercenários da Colômbia que buscavam “cometer atos terroristas” contra o governo de Nicolás Maduro, em uma operação que deixou oito mortos e dois detidos.

De acordo com o governo venezuelano, um grupo de mercenários da Colômbia “tentou realizar uma invasão marítima com o objetivo de cometer atos terroristas no país” e assassinar líderes do governo.

“Como resultado da investigação, hoje tive uma conversa com o embaixador da Holanda na Venezuela para alertá-lo sobre o uso do território de Aruba para fornecer apoio logístico e de apoio a esses grupos terroristas de mercenários”, disse a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, em declarações transmitidas pelo canal governamental.

O ministro do Interior, Néstor Reverol, também disse que o evento registrado nas costas do estado de La Guaira, vizinho de Caracas, procurou “aumentar a espiral de violência, gerar caos e confusão e, assim, gerar uma nova tentativa de golpe de estado”.

O ministro da Defesa, Vladmir Padrino López, anunciou a ativação de uma “nova fase do exercício do Escudo Bolivariano”, que defenderá a região costeira do país para procurar e detectar qualquer outro elemento ou célula de conspiração. O programa terá buscas aéreas, marítimas e terrestres.

O governo informou que um dos mortos é o terrorista Robert Colina, apelidado de Pantera, próximo ao general aposentado Clíver Alcalá Cordones, acusado em março pelos Estados Unidos de “narcoterrorismo” junto com Maduro. Hoje ele apoia o presidente autodeclarado Juan Guaidó.

O governo Maduro acusou Alcalá Cordones de tentar introduzir no país um “arsenal de armas” apreendido naquele país em 24 de março, com a suposta participação de Guaidó, que negou as acusações.

Guaidó descreveu o evento como “um ato criminoso manipulado pela ditadura para continuar a perseguição ao governo interino, à Assembléia Nacional e às forças democráticas”. O governo de Iván Duque também rejeitou as alegações. “Esta é uma acusação infundada que tenta comprometer o governo colombiano com uma conspiração especulativa”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado divulgado neste domingo. /AFP

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