Menu
Mundo

Mortes por coronavírus na China sobem para 56, com 1.975 casos

Alerta: a China está entrando em um “estágio crucial” e “parece que a capacidade do vírus de se espalhar está ficando mais forte”

Redação Jornal de Brasília

26/01/2020 10h18

This photo taken on January 22, 2020 shows workers producing facemasks at a factory in Handan in China’s northern Hebei province. – China banned trains and planes from leaving Wuhan at the centre of a virus outbreak on January 23, seeking to seal off its 11 million people to contain the contagious disease that has claimed 17 lives, infected hundreds and spread to other countries. (Photo by STR / AFP) / China OUT

O número de mortes causadas pelo novo coronavírus na China subiu para 56 e o número de pessoas infectadas mais que dobrou em relação às últimas 24h, totalizando 1.975 casos, apontou o Ministério da Saúde da China. Segundo o órgão, o país está entrando em um “estágio crucial” e “parece que a capacidade do vírus de se espalhar está ficando mais forte”.

O ministro da Saúde da China, Ma Xiaowei, se recusou a estimar quanto tempo levaria para que a situação ficasse sob controle, mas as restrições de viagens e outras medidas estritas devem trazer resultados “com menor custo e maior velocidade”, ressaltou.

Ontem, o presidente da China, Xi Jinping, chamou o surto da doença de uma situação grave e disse que o governo está intensificando os esforços para restringir viagens e reuniões, enquanto apressa para levar equipe médica e suprimentos para a cidade central da crise, Wuhan, que permanece fechada.

Enquanto isso, a disseminação da doença ao redor do mundo continua. O governo chinês relatou cinco casos em Hong Kong, dois em Macau e três em Taiwan. Um pequeno número de casos foi encontrado na Tailândia, Japão, Coreia da Sul, EUA, Vietnã, Cingapura, Malásia, Nepal, França e Austrália.

Os EUA confirmaram casos no estado de Washington, Chicago e, mais recentemente, no Sul da Califórnia. O último paciente divulgado no sábado à noite viajou de

Wuhan e está isolado em um hospital e em boas condições. Enquanto isso, o Canadá afirmou ter descoberto seu primeiro caso, um homem de 50 anos que estava em Wuhan antes de voar para Toronto.

No centro do surto, onde encontra-se 11 milhões de moradores, Wuhan proibiu a maioria dos veículos, incluindo carros particulares, no centro da cidade a partir deste domingo. A cidade disponibilizará 6.000 táxis aos bairros para ajudar as pessoas a se locomoverem, se necessário.

A China cortou o transporte de trens, ônibus e aviões para a cidade desde 22 de janeiro e expandiu o bloqueio para 16 cidades vizinhas que, juntas, somam mais de 50 milhões de habitantes – maior que Nova York, Londres, Paris e Moscou juntas.

Wuhan está construindo dois hospitais improvisados com cerca de 1.000 leitos cada para lidar com o crescente número de pacientes A cidade disse que o primeiro deve ser entregue já no dia 3 de fevereiro.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado