A polêmica relação entre Sebastian Vettel e Mark Webber chegará ao fim neste domingo, quando ocorre o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, o último da carreira do australiano na categoria. Apesar da rivalidade interna na Red Bull, o piloto alemão, já tetracampeão do Mundial, acredita que a saída do australiano representará uma perda para o time.
Webber chegou à Red Bull em 2007, quando a equipe ainda não estava entre as melhores do grid, e em 2009 passou a ser ofuscado por Vettel. Em seu primeiro ano no time, o alemão foi vice-campeão da temporada, deixando o australiano em quarto, e depois conquistou quatro títulos consecutivos do Mundial. A equipe também venceu o campeonato de Construtores quatro vezes consecutivas.
“O fato de ele não estar aqui no próximo ano será uma perda para o time, porque é sempre um grande desafio superá-lo. Aprendi muito com ele. Houve muitas vezes em que me beneficiei dele e provavelmente ele poderia dizer o mesmo em relação a mim. Tivemos muito sucesso juntos”, disse Vettel, nesta quinta-feira, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Um dos momentos mais tensos da relação entre os pilotos da Red Bull ocorreu no Grande Prêmio da Malásia desta temporada, apenas a segunda corrida do ano. Vettel venceu a prova depois de ignorar uma ordem de equipe para não atacar Webber e passar o companheiro de equipe, então líder da disputa, que lhe mostrou o dedo do meio depois da manobra de ultrapassagem.
Mas o ressentimento do piloto australiano com o alemão e a equipe Red Bull é antigo. Em 2010, Webber considerou que a equipe favorecia Vettel na briga pelo título do Mundial e após vencer o Grande Prêmio da Grã-Bretanha ironizou na mensagem de comemoração pelo rádio: “Nada mal para um segundo piloto”.
Desde então, sua saída da Red Bull é especulada ao fim de cada temporada, mas Webber permaneceu no time até decidir deixar a Fórmula 1. Em 2014, ele competirá no Campeonato Mundial de Endurance, categoria em que participam Bruno Senna e Kamui Kobayashi, também ex-pilotos de F-1. Ele será substituído por seu compatriota Daniel Ricciardo.
“As pessoas têm uma impressão pior do que realmente é. Não temos a melhor relação no nível pessoal, mas no nível profissional é boa. Trabalhamos juntos para o time, temos trabalhado duro e obtido sucesso”, afirmou Vettel.
Em Interlagos, o piloto alemão busca sua nona vitória consecutiva na Fórmula 1 para igualar os recordes de Alberto Ascari, que venceu nove corridas seguidas, somando as temporada de 1952 e 1953, e de Michael Schumacher, que triunfou em 13 provas na temporada de 2004. Já Webber tenta sua primeira vitória no ano, em um circuito em que já subiu ao lugar mais alto do pódio duas vezes.
