Três derrotas seguidas na Superliga já eram motivo mais do que suficiente para buscar a vitória… E deixar o time mais nervoso também. Ontem, o Brasília/Vôlei tentou levar a melhor sobre o Sesi-SP em casa, mas acumulou mais uma derrota na lista do torneio, por 3 x 1.
O saque do time candango era o fundamento mais criticado por apresentar diversas falhas na execução, mas ontem as atletas provaram que fizeram a lição de casa com afinco. A capitã Paula Pequeno e a oposta Jéssica foram as principais pontuadoras na posição, cada uma com duas finalizações perfeitas.
O segundo set foi o mais crítico e com maior duração – 40 minutos no total. Erros da arbitragem para as duas equipes, atletas recebendo cartões e juízes de linha ajudando o árbitro principal na decisão dos pontos nas várias vezes em que o mesmo se perdia. Mesmo assim, o Brasília/Vôlei levou a melhor marcando 30 x 28.
“A arbitragem do Brasil, no geral, está deixando muito a desejar. A gente joga parecendo que é torneio de escola. Além de não prestarem atenção direito, ainda são sem personalidade. Isso prejudica demais, mas também não podemos basear a nossa derrota nisso”, desabafou a ponteiro Paula Pequeno.
O esforço todo do time de nada adiantou. No terceiro set, as comandadas do Sérgio resolveram dormir e permitiram que o rival abrisse dez pontos de vantagem. Roberta também sumiu dando lugar a Edna, que tentou salvar as companheiras, sem muito sucesso. Se o saque foi o grande destaque, a recepção e o bloqueio foram completamente esquecidos.
A torcida bem que tentou empurrar gritando o nome de algumas atletas, mas não favoreceu da maneira que esperava. A situação permaneceu da mesma maneira até o final do jogo.
“Não estou feliz mesmo. Podíamos muito bem ter vencido e não deu certo mais uma vez. Ou a gente melhora ou vamos ter sérios problemas daqui para frente. Sabemos que não dá para melhorar em três dias para enfrentar o Rio, mas temos que melhorar o nosso espírito de jogo pelo menos”, cobra Érika Coimbra.
O próximo duelo do Brasília é na sexta-feira com o atual campeão da Superliga, o Rexona/Rio de Janeiro, às 21h30, fora de casa.
Até musiquinhas irritam
O ginásio estava lotado e esta é uma característica constante nos jogos do Brasília/Vôlei em casa. Com a derrota, porém, a massa mal animava-se a fazer barulho com os bate-bates.
A sonoplastia do ginásio tentou soltar algumas canções para tentar levantar o clima do lugar, mas não surtiu tanto efeito. Sem torcida organizada, a própria organização do time resolveu criar alguns bordões.
“Aqui é raça, aqui é minha paixão. Brasília vôlei time do meu coração” e “Brasília Vôlei esse é o meu time. Brasília Vôlei em você eu acredito” eram algumas frases gravadas, com direito a acompanhamento musical.
A ideia não agradou muito o público. A arquibancada não acompanhou o ritmo e ainda criticou a inovação. “A gente torce e grita, mas essas musiquinhas não favoreceram muito”, desaprovou a funcionária pública Jeane Costa. O administrador Marcos Paulo também reprovou a iniciativa. “É ruim. Você pode observar que ninguém está cantando”, analisou.
A técnica foi adotada no jogo do Brasília com o Molico/Osasco na última sexta. Na ocasião, o time da casa perdeu por 3 x 0.