Em sexto lugar na Superliga e apenas um ponto atrás do quinto colocado (Sesi-SP), o Brasília/Vôlei surpreende a cada desafio superado. Totalmente diferente do time calouro, desafinado e desentrosado, hoje, a equipe acumula quatro vitórias consecutivas e segue sem perder nenhum jogo desde o começo do segundo turno.
No início do campeonato, o elenco era criticado principalmente pelos inúmeros erros cometidos em quadra. Sem se incomodar, o técnico Sérgio Negrão pedia calma e paciência. Hoje, o comandante se orgulha da determinação de suas comandadas e agradece a confiança depositada nele.
“Uma coisa que sempre me orgulhou foi a força de vontade. Elas não se entregam e sabem virar um jogo”, elogiou técnico tricampeão da Superliga.
Sem ritmo de jogo, o Brasília/Vôlei perdeu quatro jogos quase que consecutivos. Sérgio garante que as derrotas foram essenciais para formar a equipe e que falta pouco para chegar ao nível esperado por ele.
“A quantidade de jogos que fizemos no primeiro turno foi fundamental. Agora, estamos muito perto de atingir o nível dos playoffs e espero que isso aconteça até lá”, conclui o comandante.
Diferença
A ponteiro Érika Coimbra lamenta as derrotas dos primeiros jogos, mas destaca a evolução de suas companheiras. Acostumada a jogar em times grandes e com investimentos maiores, ela lembra do desafio em aceitar fazer parte de um projeto novo.
“Jogar em um time grande e estruturado é muito mais fácil. Situação diferente do Brasília, porque somos mães e estamos levando o filho pelo braço. Mas é muito bom ver o nosso bebê crescer”, admite.
A equipe volta à quadra no próximo sábado, às 18h, contra o São Caetano – no primeiro turno, a equipe paulista levou a melhor.
Trio experiente carrega o time
Satisfeita com os números apresentados por sua equipe na Superliga, Érika Coimbra destaca que já esperava os bons resultados quando foi convidada para integrar o Brasília/Vôlei.
Ex-Atom Sopot, da Polônia, a ponteiro diz que se sentiu mais aliviada quando soube que Paula Pequeno e Elisângela também estariam no time.
Levando em consideração a tradição das outras equipes, ela viu potencial no “trio” e a certeza de que daria um time merecedor de uma Superliga.
“Quando vi que elas viriam, já imaginei que ia dar certo. Nós três temos esse peso de levar o time e transferir essa responsabilidade às mais novas”, frisa.
Evolução do conjunto
Exemplo desse apoio é a levantadora Camilla Adão que já jogou pelo Unilever (RJ), mas nunca como titular. “Ela (Camilla) está aí brilhando. Eu sempre confiei muito no projeto e nas pessoas. Acredito que a gente pode ir ainda mais longe. Estamos trabalhando bastante para isso”, reconhece.
“Todas querem provar que podem segurar a onda e que podem vencer”, conclui. (K.M.O)