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Stand Up Paddle: em pé sobre as águas

Arquivo Geral

Clara Carvalho
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Muitos obstáculos permearam a vida de Marco Gorayeb. O atleta brasiliense de 49 anos enfrentou, nos últimos tempos, a morte do pai, um câncer nos rins e até uma acusação por tráfico de drogas, da qual foi absolvido. Mas, com força de vontade e dedicação ao stand up paddle (SUP), esporte em que o praticante rema de pé sobre uma prancha, superou problemas e as expectativas da família e dos médicos.

 

O agricultor conquistou em dezembro o vice-campeonato brasileiro de SUP Race, na categoria Unlimited masculino. A última prova do circuito foi realizada em Salvador (BA). Foi a primeira competição nacional de SUP. “Corri três etapas e, em Salvador, numa prova fantástica em mar aberto, conquistei o título. Foi muito bom poder participar desse primeiro circuito, evoluir com as correções e aprimorar a técnica de competir em mar aberto”, contou o candango, que começou a surfar quando ainda era criança, durante as viagens de férias para a praia.

 

 

Com a conquista, Marco foi convidado para gerenciar e treinar a equipe brasileira no primeiro Mundial de SUP por equipes, que será realizado em Lima, no Peru, entre os dias 20 e 25 de fevereiro. O torneio é promovido pela Associação Internacional de Surf. A pretensão é que o esporte seja divulgado e se torne olímpico.

 

 

Mas a vida de Marco não se limita apenas aos campeonatos. Em 2011, ele se propôs a dar a volta na ilha de Florianópolis (SC) remando.  O brasiliense chegou em março à capital de Santa Catarina e, após muitos estudos climáticos e observações do mar, conseguiu completar a volta em maio. “Foram dias de treinos pesados, tive que me organizar. Conheço o mar há muitos anos. Além do surfe, fui mergulhador profissional. A volta foi toda calculada. Ao todo eram seis horas de remo por dia. Completamos o percurso em apenas seis dias”, gaba-se o atleta.

 

 

A volta em torno da ilha de Florianópolis significou para o brasiliense um marco de superação. “Em 2009, enfrentei uma doença maligna, o câncer nos rins. Durante o tratamento, tive que ficar na cama. Uma situação muito complicada para mim, porque sempre precisei praticar atividades físicas. Assim que meu médico me autorizou a praticar exercícios, voltei com tudo. O SUP funcionou como um remédio”, conta.mundial
Hoje, Marco não esconde a satisfação por comandar uma equipe brasileira com os melhores atletas do País na modalidade.

 

A expectativa é conseguir um bom resultado no Mundial do Peru, que será disputado em fevereiro. O destaque da equipe tupiniquim é o atleta Luís Carlos Guido, que foi campeão, em dezembro do ano passado, do primeiro torneio brasileiro de stand up paddle, ficando à frente justamente de Marco Gorayeb. 

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