O velejador brasileiro Robert Scheidt já se acostumou a conquistar Campeonatos Mundiais. Com 13 conquistas, ele é o maior vencedor desta competição nas classes olímpicas da vela e acredita que seu último título, conquistado recentemente em Omã, seja o mais especial de sua longa carreira.
Em novembro, o atleta brasileiro, com 40 anos de idade, conquistou seu décimo título adulto do Mundial da classe Laser (em que também foi campeão na júnior) e aumentou sua galeria de troféus, em que também constam três vitórias no Mundial de Star. O resultado em Omã veio pouco mais de um ano após Scheidt retornar à Laser.
Entre 2004 e 2012, o brasileiro competiu na Star, em que conquistou três Mundiais e duas medalhas olímpicas ao lado do proeiro Bruno Prada. A volta à Laser ocorreu pela retirada da Star do programa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016.
“Talvez seja o mais especial por causa disso, foi minha volta à Laser já com 40 anos, e meus adversários com 20 ou 25 anos, e também por quebrar o recorde de títulos mundiais em classes olímpicas”, afirmou Scheidt, que via na exigência física o principal desafio de seu retorno à Laser.
O velejador brasileiro chegou ao Mundial de Omã longe das primeiras colocações do ranking mundial, por conta do longo período de ausência na classe, mas com bons resultados nas poucas competições de preparação que disputou.
Desde os primeiros dias do evento, se manteve entre os primeiros colocados e chegou à etapa final na ponta da classificação com apenas um ponto de vantagem sobre o cipriota Pavlos Kontides, medalha de prata em Londres-2012. Com ventos fracos no local, a regata quase foi cancelada, o que daria o título a Scheidt. Quando a prova finalmente ocorreu, o paulista dominou os adversários e garantiu a vitória do Mundial.
“Eu sabia que ia para Omã com alguma chance, mas também que precisaria estar inspirado para chegar ao título. Felizmente as condições foram boas para mim, teve um pouco de tudo, e é uma competição dura porque são sete dias seguidos, então demanda muito do físico e da concentração para manter o foco em todas as regatas”, explicou.
Depois da conquista, Scheidt ainda disputou (e ganhou) uma competição de Star ao lado de Bruno Prada nas Bahamas antes de entrar de férias. Esta semana retornou ao Brasil, onde passa o período de festas de fim de ano ao lado da família, que chegou ao País na manhã desta quarta-feira, antes de voltar aos treinos em Ilha Bela, litoral de São Paulo. Sua primeira competição de 2014 é já em janeiro na Copa Brasil de Vela, disputada em Niterói.