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Retrospectiva: Vexame histórico e espera por convite

Arquivo Geral

24/12/2013 9h15

Aos amantes do bom e velho basquete masculino, o ano de 2013 não foi o melhor, se comparado ao passado. A imagem ficou arranhada principalmente pela pífia atuação da seleção brasileira, que fez papelão diante de times menos tradicionais e saiu da Copa América, competição seletiva para o Mundial – em agosto, na cidade de Caracas, Venezuela – sem nem uma vitória.

Diante de Porto Rico, o placar terminou em 72 x 65 para os rivais; Canadá, 91 x 62; Uruguai, 79 x 73, e, por último, a Jamaica, por 78 x 76. A justificativa do técnico Rubén Magnano para a desclassificação do Mundial da Espanha, no ano que vem, foi clara: a não participação dos jogadores como Nenê, Anderson Varejão, Leandrinho e Marquinhos, que alegaram lesões; Tiago Splitter optou por tirar férias, enquanto Lucas Bebê e Vitor Faverani deram preferência às negociações com equipes da NBA.

“Uma seleção nacional deveria ir a uma competição internacional com o melhor que tem. Falo sempre que os torneios classificatórios são muito mais importantes do que as competições principais como Mundial e Olimpíada. Porque se você não se classifica, foi embora, não está. É preciso esse esforço por parte dos atletas. Infelizmente esta temporada não contamos com esse esforço”, disparou o comandante.

A repercussão refletiu em ex-jogadores. Oscar, o “Mão Santa”, criticou fortemente os jogadores que pediram dispensa. “Eu achei a atitude dele (Rubén Magnano) ridícula. O culpado é ele mesmo. Um torneio desse tamanho e não vencer nenhum jogo? Os jogadores da NBA são culpados também. Não vi nenhum jogo, mas o time não pode jogar com a falta de confiança que estava.”

Não satisfeito, Oscar concentrou as críticas no pivô Nenê Hilário, do Washington Wizards. “Jogador tem que querer ir para a seleção sempre. Se tem problemas físicos, faça exames logo após o fim da temporada da NBA. Não fez, não foi para a seleção, mas disputou uma pré-temporada da NBA aqui no Brasil.”

Convite

O Brasil aguarda convite da Federação Internacional de Basquete (Fiba) para ir à Espanha. A seleção tem como trunfo o fato de não ter ficado fora de nenhum Mundial e por ser o país sede da próxima Olimpíada. Oscar, mais uma vez criticou. A concorrência principal é com os europeus.

 

Mudanças, altose baixos e …títulos

Para o UniCeub/Brasília, 2013 foi marcado por altos e baixos. O terceiro lugar da Liga das Américas, em abril – perdeu a semifinal para o Lanús, da Argentina e deixou o Pinheiros ser campeão – foi o primeiro estágio do time candango no ano. Em maio, a equipe viu o pior acontecer: ser eliminado nas quartas de final do Novo Basquete Brasil (NBB) para o São José, revés inédito para o tricampeão – quatro finais consecutivas e três títulos.

No dia da inesperada derrota, o Ginásio Nilson Nelson estava abarrotado de brasilienses, ansiosos pela classificação. A série seguia empatada por 2 x 2 e o desempate ocorreu para o lado menos esperado. O São José venceu fora de casa por 98 x 81.

O norte-americano Laws foi o nome da vitória joseense. Manteve aproveitamento superior a 60% nos arremessos e terminou com 36 pontos. Já o UniCeub/Brasília viu uma noite pouco inspirada de seu destaque. Apagado, Nezinho terminou com 10 pontos e cinco assistências. O capitão Alex Garcia, com 16 pontos, e Guilherme Giovannoni, com 15, foram os melhores do time do Distrito Federal.

Ponto alto

Desde então, a equipe vive momento de renovação. Com a saída do técnico José Carlos Vidal do comando, o argentino Sergio Hernández assumiu a liderança. Prontamente, ele trouxe o pivô norte-americano Marcus Goree e o ala/armador uruguaio Martín Osimani. Com novos rostos, mas mantendo a base, o UniCeub/Brasília levou o bicampeonato da Liga Sul-Americana ao superar o Atlético Aguada (Uruguai), por 93 x 81, em Montevidéu.

No NBB 6, o elenco candango surpreende, novamente, pelo baixo rendimento apresentado no campeonato. Sem encontrar a formação ideal, Hernández admitiu parcela de culpa nos maus resultados. Em oitavo na classificação – 11 jogos e cinco vitórias –, o time espera que 2014 traga bons fluidos.

 

Vizinhança reforça capital

Já no final do ano, outra novidade invadiu o mundo do basquete brasiliense. Tradicional na revelação de grandes nomes, Oscar é o principal da lista, o clube Vizinhança inovou ao criar uma equipe para representar a capital na Liga de Basquete Feminino (LBF), o Brasília/CSUV-1.

Ciente das dificuldades que enfrentaria, a ex-armadora e idealizadora da equipe, Renata Ribeiro, montou um elenco às pressas e, correndo atrás de grandes patrocinadores, convocou a base feminina do próprio clube – as atletas tinham a idade média entre 17 e 23 anos.

Novatas e sem a experiência em campeonatos além do centro-oeste, o primeiro confronto foi mais difícil do que se imaginava. De cara, as novatas enfrentaram o pentacampeão paulista Americana e perderam de 148 x 18, fora de casa. 

O placar com mais de 100 pontos de diferença não abateu e um novo patrocinador surgiu – a Bancorbrás. Com mais dinheiro disponível, Renata Ribeiro logo convidou a base do time de Presidente Venceslau, do interior de São Paulo, além do técnico Flávio Prado, que deu nova cara ao time.

 

Reforços

Com mais sete atletas experientes, o segundo e último confronto do ano também resultou em uma derrota, porém, com um placar bem diferenciado do primeiro. Diante do também estreante Rio Claro, o elenco de Brasília perdeu por 10 pontos de diferença – 73 x 63. Capitã da agremiação e detentora de dois títulos da LBF, Fabiana Guedes comemorou a oportunidade de jogar mais uma vez no campeonato e ao lado das colegas já conhecidas.

“Jogar com quem a gente conhece é muito fácil. Como o nosso próximo jogo é só dia 14 de janeiro, temos esse tempo para nos entrosar com as meninas do vizinhança. É tudo muito novo ainda, mas eu como experiente, acho super natural e me adapto fácil.”

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