Uma audiência marcou o pontapé inicial da reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet. Com um prazo de oito meses para finalizar a obra, a Novacap e a Terracap correm contra o tempo para entregá-la. O orçamento previsto para a reconstrução do espaço varia entre R$ 250 e R$ 370 milhões.
O objetivo é receber uma etapa do MotoGP, em setembro de 2014, e outros grandes eventos como a Fórmula 1 e a Fórmula Indy.
Com datas muito apertadas, o Governo do Distrito Federal tem de entregar a obra até agosto para a homologação e autorização da Federação Internacional de Motovelocidade (FIM), a fim de realizar a etapa da principal categoria da motovelocidade.
Caso o prazo não seja cumprido, Brasília corre o risco de não receber uma prova do MotoGP em 2014, algo que era dado como certo.
“Sabemos que estamos apertados para cumprir as exigências, mas a nossa meta é entregar tudo a tempo”, esclarece Maruska Lima, diretora de obras da Novacap.
No novo projeto, o anel externo deixa de existir e um desenho parecido com o atual toma conta do espaço. Com a possibilidade de estabelecer dois circuitos independentes – Norte e Sul -, os boxes (40 no total) e a largada principal serão transferidos para a pista lateral próxima ao kartódromo. Além disso, há a opção de estender a pista em mais 5 km para receber a F-1.
Ao todo, serão quase 26 mil metros quadrados para competições e estruturas capazes de comportar entre 40 e 100 mil expectadores. Para tal passo, uma licitação será aberta em fevereiro para as devidas demolições e terraplanagens, previstas para abril. A reconstrução de todo o autódromo deverá ter início em maio.
SÓ REPAROS
Desde a sua inauguração, em 1974, o autódromo nunca passou por reformas complexas, apenas pequenos reparos emergenciais – o último foi durante a Stock Car em junho de 2013.
Prova disto são as estruturas antigas e infiltradas, o asfalto ruim, o sistema de drenagem que não existe mais e o centro médico inoperante.
“Não existe autódromo nenhum no mundo localizado no coração de uma cidade, além do de Brasília”, elogia o planejador da Apex – empresa solicitada pela FIM (Federação Internacional de Motovelocidade) para desenhar projetos de autódromos -, André Araújo.