Marcus Pereira
marcus.eduardo@jornaldebrasilia.com.br
É sempre assim: quando acontece uma convocação para a seleção brasileira de basquete feminino, a ala brasiliense Karla Costa vem para sua cidade natal, torcer para ver seu nome na lista. Uma superstição que, segundo seu irmão Rodrigo, tem dado certo.
Na convocação feita ontem pelo técnico da seleção, Luiz Cláudio Tarallo, o nome de Karla figurou entre as 18 escolhidas, em uma pré-lista que promoverá 12 altetas representantes do País nas Olimpíadas de Londres, em julho deste ano.
Veterana em convocações, a atleta poderá disputar sua terceira competição olímpica (já foi para Atenas-2004 e Pequim-2008). “De um tempo para cá, estou dando um passo de cada vez. Eu estou casca grossa, já sonhei muito, me decepcionei e realizei também. Temos que trabalhar para o amanhã, pois essa ainda é a primeira convocação”, afirmou Karla em entrevista ao Jornal de Brasília durante treino em uma academia da Asa Sul.
Os anos de experiência fazem Karla acreditar que a seleção está no caminho certo. “Estamos passando por uma renovação. Nós, mais experientes, estamos no time para dar uma engrossada no caldo. Acho que a vontade das meninas de se firmar no cenário pode ser um diferencial em Londres”, analisou.
Após o vexame de ser cortada das Olimpíadas de Pequim, durante o Pré-Olímpico de Madri, em 2008, por ter se negado a entrar em quadra com medo de se machucar, a ala Iziane, também convocada por Tarallo, carrega na medalha de bronze no Pan-Americano de Guadalajara (México) a prova do seu o amadurecimento profissional.
Ao menos é essa a opinião de Karla Costa, ao avaliar a companheira de equipe. “Eu estava no episódio de Madri, e o grupo se mostrou ao lado do Paulo Massur (ex-técnico da seleção). Mas isso ficou para trás, todos temos direito de errar e ela com certeza aprendeu, pois a imagem dela ficou muito desgastada. Daqui para frente é um novo começo, vai ser bom para todo mundo”, disse a brasiliense.