A enterrada é uma das jogadas mais empolgantes do basquete. Seguindo esse raciocínio, um jogador do UniCeub/Brasília tem chamado a atenção nos últimos jogos da equipe: o pivô norte-americano Vernon Goodridge. O atleta costuma brindar a torcida com belas cravadas e foge um pouco do padrão dos colegas de profissão: iniciou no esporte abusando da jogada.
“Comecei jogando tarde, com 17 anos. No primeiro ano (do Ensino Médio), cresci muito rápido e até minhas roupas começaram a ficar curtas e as pessoas me perguntavam o porquê. Antes do final do primeiro ano do Ensino Médio eu tinha mais de dois metros de altura”, conta o atleta de 2,06m.
As cravadas de Goodridge não são marcadas necessariamente pela plasticidade dos lances, e sim pela força. O excesso de vontade na hora de colocar a bola dentro do aro às vezes atrapalha.
“Muitas vezes eu fico com muita, muita vontade de enterrar na cabeça do adversário e isso faz com que eu erre a enterrada, mas só assim também”, garante.
Ambientado e feliz
Nascido e criado em Nova York, Goodridge tem uma das referências em enterradas jogando próximo do Brooklyn, bairro onde cresceu: o pivô Amar’e Stoudemire, do New York Knicks.
O estilo do jogador atualmente não agrada mais, mas Goodridge o credencia como uma inspiração nos primeiros anos como profissional. “Quando o Amar’e jogava no Phoenix Suns eu olhava e ficava meio sem acreditar no que ele fazia com a bola. Mas também gosto de ver o Taj Gibson (amigo pessoal de Goodrige e atleta do Chicago Bulls) jogando. Ele tem um estilo próprio para pular, onde quase não dobra os joelhos”, explica.
Forma de se conhecer
Quem vê os pulos com vontade do camisa 42 no aquecimento não imagina que eles são uma espécie de termômetro para o jogador.
“Dou aquelas enterradas também para saber como estão minhas pernas na hora do jogo. Agora, que sou mais feliz do que era na Grécia e estou me adaptando ao quão físico é o jogo, sei que posso me soltar ainda mais em quadra”, explica.
Saiba mais
Hoje à noite, Goodridge terá mais uma oportunidade para dar suas enterradas pelo UniCeub/Brasília.
A equipe candanga recebe o Pinheiros (SP), no Ginásio da Asceb, na 904 sul, às 20h.
Vindo de duas vitórias consecutivas, o time candango espera manter o bom momento em uma partida de suma importância nas pretensões de seguir subindo na tabela.
Isso porque, em caso de nova vitória, a equipe da capital vai se igualar ao adversário desta noite no número de vitórias, mas tendo uma partida a mais disputada.
Pinheiros e UniCeub/Brasília já protagonizaram duelos memoráveis, como em 2012.
