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Pilotos dizem que resultados dos testes podem enganar: peso e pneu mascaram

Arquivo Geral

09/02/2015 8h52

O brasiliense Felipe Nasr surpreendeu a todos na última terça-feira, quando finalmente pilotou o seu carro da Sauber nos treinos da pré-temporada da Fórmula 1, em Jerez de la Frontera, na Espanha. Sem qualquer favoritismo, o novato liderou o terceiro dia de testes e obteve a terceira melhor marca entre os 16 que já foram à pista – atrás apenas da dupla da Ferrari, com o finlandês Kimi Raikkonen e o alemão Sebastian Vettel.

A marca é bem animadora. No ano passado, por exemplo, a essa altura Mercedes, Williams e McLaren já mostravam superioridade, algo que foi comprovado ao longo da temporada – apenas a McLaren teve os planos de andar na frente frustrados no término do campeonato. Mas até que ponto o fã da categoria pode esperar bom desempenho dos pilotos tendo como base os treinos da pré-temporada? Os pilotos da Stock Car tentam responder a pergunta, mas apontam a leveza do carro e a técnica do condutor como fatores principais para o sucesso.

O veterano Ricardo Zonta, da Shell Racing, diz que não é delírio acreditar nos números iniciais. “Acredito que os resultados da pré-temporada sejam, sim, um presságio do que pode acontecer na temporada. Isso não é uma fantasia. Mas deve-se levar em consideração muitos aspectos”, disse.

Atual vice-campeão da categoria nacional, Átila Abreu afirma que qualquer detalhe mexe no resultado final. “Na F-1 há a possibilidade de mexer no veículo. Dá para tirar peso, colocar um pneu mais macio e leve… Tudo isso culmina na diminuição de preciosos segundos.”

Dono da RBR aposta na Mercedes
O austríaco Dietrich Mateschitz, proprietário da Red Bull, esteve na Espanha e, baseado no que observou dos primeiros quatro dias de testes, projetou mais uma temporada difícil para sua equipe.
 
“A Mercedes ainda está na frente e parece que não haverá mudança em seu domínio”, declarou. Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel colocaram a Ferrari na liderança em Jerez, mas Nico Rosberg e Lewis Hamilton acumularam a maior quilometragem, prioridade da equipe alemã na Espanha.
 
O australiano Daniel Ricciardo (12º) e o russo Daniil Kvyat (14º) foram discretos nos testes. Durante sua estadia em Jerez de la Frontera, Dietrich Mateschitz teve encontros com os pilotos e diretores da Red Bull e da Toro Rosso, a equipe satélite. “Se a Renault conseguir reduzir a diferença (para a Mercedes), então devemos estar em uma boa posição para atacar, já que temos um bom carro novamente. Reduzir a diferença já seria um sucesso”, declarou o executivo austríaco. Nos primeiros testes, os propulsores da fabricante francesa apresentaram problemas.
 
Para a Toro Rosso, a temporada de 2015 marca o investimento em dois jovens pilotos, o espanhol Carlos Sainz Jr. e o holandês Max Verstappen.
 
Saiba mais
Os próximos testes da Fórmula 1 serão de 19 a 22 de fevereiro, no circuito de Barcelona. Somente lá as equipes poderão voltar a trabalhar nos carros, já que a Fia proíbe a manipulação dos carros fora do período de testes. Após os quatro dias em Barcelona, os pilotos voltam para a pista no período de 26 de fevereiro até 1º de março, na última parada antes da estreia.
 
Deu zebra
Entre as equipes mais ricas, a Red Bull não tem traduzido o dinheiro em resultado. Grata surpresa em 2014, o australiano Daniel Ricciardo foi mal em Jerez. Ele dirige o carro fora da pista após um erro. A pintura exótica é para complicar os rivais de observarem as inovações aerodinâmicas.
 
Marussia ainda tenta vaga no grid
A Marussia ainda não desistiu de alinhar o seu carro no grid da temporada 2015 da Fórmula 1. Graeme Lowdon, diretor-executivo da equipe, rebateu a afirmação de Bob Fernley, da Force India, de que o time não forneceu informações necessárias para utilizar o monoposto de 2014 no campeonato vindouro.
 
“Fiquei muito surpreso ao ouvir alguns comentários, particularmente com relação ao pedido que estávamos fazendo na reunião. E isso eu não confirmo. Nós não tentamos a aprovação junto ao Grupo de Estratégia. Isso foi feito em dezembro e desde então estamos trabalhando para nos adequarmos aos requerimentos”, afirmou Lowdon em comunicado oficial.
 
“Os comentários também mencionaram que faltava ao nosso pedido informações e que não havia nenhuma documentação de apoio para reforçar a questão de uma dispensa especial. Mais uma vez, nós não fizemos o pedido e não estávamos solicitando nada na reunião”, continuou.
 
Lowdon também comemorou que a Marussia irá sair da administração judicial no próximo dia 19 com o acordo feito com os credores. O diretor considerou este fato como o primeiro passo para retornar ao grid da categoria. “Foi muito bom ter deixado a administração judicial. Temos um time grande trabalhando tanto no carro de 2014, quanto para 2015”, disse.

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