Kiara Mila Oliveira
Embora nunca tenham se encontrado, 10 letras unem o piloto brasiliense Luis a um dos mais vitoriosos automobilistas brasileiros da história, Emerson.
A ligação entre eles é justamente o sobrenome: Fittipaldi. Alcunha esta que estará estampado no macacão que veste o piloto na terceira etapa da Moto 1000 GP – o Brasileirão da categoria, no próximo domingo.
Parente distante da lenda brasileira, o atleta garante que a sede por velocidade vem do sangue e que o sobrenome jamais influenciou em sua carreira.
“Tudo o que consegui foi por esforço meu. Da minha família só eu quis velocidade. Sei que o sobrenome pesa muito nesse ramo. Sei lá, deve ser coisa de sangue mesmo”, conta Luís.
De acordo com o piloto, o contato com o tio distante se limitou apenas a alguns telefonemas em toda sua vida, e o encontro pessoal dos dois ainda é um acaso.
O RETORNO
Aos 33 anos, Luis teve um começo tardio na modalidade. Há três anos e meio o brasiliense começou nas provas da cidade e logo integrou a elite da modalidade.
Luis mora na cidade com sua família, mas depois que integrou o time do Moto 1000 GP, deixou as competições do DF. Isto porque o sua equipe concentra-se em São Paulo.
O afastamento do piloto do Autódromo Nelson Piquet dura dois anos – a última na prova de 2012 quando alcançou o terceiro lugar – e ontem ele pôde matar um pouco da saudade no primeiro treino livre antes da competição.
“Já corri muito aqui, mas treinar nunca é demais, mesmo quando o treino não é obrigatório. É bom reviver isso e retomar o costume da pista que me criou”, relembra o atleta. A meta agora fazer um resultado melhor do que em 2012.
Piloto detona a pista
Competir em casa e com o apoio da família é um dos trunfos que Luis Fittipaldi terá. A pista do DF é a sua segunda casa, mas também foi alvo de críticas.
De acordo com ele, há trechos que receberam alguns reparos, mas a mudança não fez muita diferença. “Não vou dizer que piorou. Mas não melhorou em nada”, critica.
Nos quinze minutos de conversa, o piloto brasiliense pouco falou da estrutura precária dos boxes ou da área do paddock, pois “dispensa comentários”, mas preocupou-se com o estado do circuito como um todo.
“A gente tem que identificar os pontos que dá para passar sem cair. Aí perdemos o foco na corrida por preocupação de evitar algum acidente”, acrescenta.
Assim como o autódromo de Goiânia recebeu uma reforma, Luis espera que o mesmo aconteça no DF. Seja para receber a MotoGP (prevista para 2015), ou não.